"Um Homem Célebre"
uma análise do conto de Machado de Assis sob a perspectiva bakhtiniana
DOI:
https://doi.org/10.29327/266889.11.2-11Palavras-chave:
Conto. Machado de Assis. Análise do discurso. Conceitos bakhtinianos.Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar, a partir de conceitos explorados pelo Círculo de Bakhtin, o conto machadiano “Um Homem Célebre”, de 1883, que retrata as dificuldades pessoais vividas pelo protagonista - o músico Pestana - em meio à dualidade da vocação versus ambição. Para tanto, foram escolhidos os conceitos de cronotopo, polifonia, alteridade e carnavalização, perpassando por Bakhtin (1987; 1997; 1998; 2006), Bezerra (2016), Faraco (2009) e Fiorin (2017). Para averiguar as questões de vocação e ambição em torno da música na era capitalista, partiu-se do conceito de Indústria Cultural, desenvolvida por Adorno e Horkheimer (2002). Como metodologia, tem-se a pesquisa bibliográfica, que se desenvolve pela averiguação e estudo de materiais já elaborados e discutidos anteriormente. Desse modo, inferiu-se que o conto machadiano continua extremamente atual, visto que trata sobre temas universais como o fazer artístico, o sucesso, a fama, a vocação e a ambição.
Referências
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
ARANHA, M. L. A. Filosofia da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1996.
ASSIS, M. Um Homem Célebre. In: ASSIS, M. Várias Histórias. Rio de Janeiro: W. M. Jackson Inc., 1946.
BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC, 1987.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BAKHTIN, M. Formas de tempo e de cronotopo no romance: ensaios de poética histórica. In: BAKHTIN, M. Questões de literatura e estética – a teoria do romance. São Paulo: Unesp, 1998.
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 12. ed. São Paulo: HUCITEC, 2006.
BOSI, A. O conto brasileiro contemporâneo. Editora Cultrix: São Paulo, 1974.
BEZERRA, P. Polifonia. In: BRAIT, B. (org.). Bakhtin: conceitos-chave. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2016. p. 191-200.
CORTÁZAR, J. Valise de Cronópio. São Paulo: Perspective, 2006. p. 142-163.
FARACO, C. A. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 45-94.
FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2017.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
KALIFE JÚNIOR, L. F. A obra certa, a pessoa errada. 2013. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/XIII_semanadeletras/pdfs/luiskalife.pdf. Acesso em: 10 jun. 2023.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: 2003.
MACHADO, I. L. A ironia como estratégia comunicativa e argumentativa. Bakhtiniana. São Paulo, n. 9, p. 108-128, 2014.
PIRES, V. L. Dialogismo e alteridade ou a teoria da enunciação em Bakhtin. Organon: Revista do Instituto de Letras da UFRGS. vol. 16, n. 32-33, p. 35-48, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.22456/2238-8915.29782. Acesso em: 08 jun. 2023.
SOERENSEN, C. A carnavalização e o riso segundo Mikhail Bakhtin. Travessias. v. 05, n. 1, p. 318-331, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Luana da Silva Coelho, Raphael Bessa Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.