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Dossiê Temático

v. 1 n. 2 (2017): POLÍTICAS E POÉTICAS DA RESISTÊNCIA NA EDUCAÇÃO E NA LITERATURA

<b>O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA EM UMA COMUNIDADE AMAZÔNICA: PRÁTICAS DE RESISTÊNCIA AO IMPERIALISMO DO MERCADO EDITORIAL</b>

  • José Mauro Souza Uchôa
Enviado
novembro 29, 2017
Publicado
2017-11-29

Resumo

Resumo: O presente artigo apresenta uma discussão teórica a respeito de uma estratégia de ensino de língua inglesa que valoriza os contextos locais dos aprendizes como base para construção de novos conhecimentos.  A argumentação discursiva do artigo se contrapõe ao ensino cristalizado, na maioria das vezes, norteado pelo ensino das estruturas linguísticas e apoiado no livro didático que é produzido pelas grandes editoras. Geralmente, essa abordagem de ensino não leva em consideração os contextos sociais dos aprendizes. Pela pratica teoricamente orientada é possível resistir às imposições acachapantes do mercado editorial e conjecturar uma proposta metodológica de ensino que oportunize aos aprendizes partir do local para o global. Para tanto, dialoga-se com a ideia de educação emancipatória proposta por Adorno (1995), educação como libertação e ascensão cultural pensada por Freire (1996) além de incorporar a luta contra as epistemologias dominantes difundidas por Santos, (1996). Em relação ao ensino de língua inglesa, as sugestões de autores como Holliday (1994), Canagarajah (2005) e Kumaravadivelu (2003, 2011) direcionam para a proposição de alternativas às estratégias de didática de línguas vigentes na maioria dos contextos de ensino. Os autores nomeados rejeitam os preceitos de determinados métodos rotulados por princípios da globalização. Eles orientam ao professor pensar o próprio contexto social em que está inserido para, posteriormente, propor uma abordagem metodológica de ensino de língua inglesa apropriado ao contexto.

 

Referências

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