Do torvelinho solitário ao espetáculo desgracioso

aspectos do trágico em "O arco desolado", de Ariano Suassuna

Autores/as

  • Wilck Camilo Ferreira de Santana Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Letras, Pernambuco - Brasil https://orcid.org/0000-0001-5339-9914
  • Livânia Régia da Silva Martins Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Letras, Programa de Pós-graduação em Letras, Pernambuco - Brasil https://orcid.org/0009-0006-7175-9155
  • Márcia Danieli da Silva Costa Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Letras, Pernambuco - Brasil https://orcid.org/0000-0002-8225-1334

Palabras clave:

Ariano Suassuna, O arco desolado, Sigismundo, Dramaturgia, Tragedia moderna

Resumen

Desde la época clásica, lo trágico ha sido un concepto artístico ampliamente discutido en el Occidente. En la producción literaria moderna, ese elemento aparece unas veces en la estructura de la dramaturgia y otras como tema, constituyendo un elemento estético en el texto literario. Es en el sujeto que lucha contra su propio destino donde se puede ver cómo la tragedia configura segmentos ficcionales. Teniendo esto en cuenta, este trabajo aborda aspectos de la tragedia presente en O Arco Desolado (2018), de Ariano Suassuna. El objetivo es reflexionar sobre cuestiones que generan tensiones de la condición trágica del protagonista, Segismundo. Dicho esto, buscamos, a través de esta lectura, captar la construcción de lo trágico analizando no sólo lo que dice la narración, sino qué formas se construyen para decirlo, lo que abre espacio para reflexiones sobre las características de la tragedia moderna, así como las implicaciones de la tragedia en el universo que planifica la dramaturgia.

Biografía del autor/a

Wilck Camilo Ferreira de Santana, Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Letras, Pernambuco - Brasil

Doutorando em Estudos Literários (UFPE). Dedica-se ao estudo da poesia brasileira dentro do âmbito do modernismo regionalista pernambucano, tendo como foco a investigação histórico-crítico da formação do Centro Regionalista do Nordeste e da realização do Congresso Regionalista do Nordeste.

Livânia Régia da Silva Martins, Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Letras, Programa de Pós-graduação em Letras, Pernambuco - Brasil

Professora da Rede Municipal de Goiana, PE. Pesquisadora, Doutoranda em Esstudos Literários pela Universidade Federal de Pernambuco. Membro do grupo de pesquisa"Ficções Fundacionais de América Latina", Pesquisadora do programa Doutorado Sanduíche CAPES.

Márcia Danieli da Silva Costa, Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Artes e Comunicação, Letras, Pernambuco - Brasil

Doutoranda em Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco.

Citas

ARISTÓTELES. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, 2014.

AZAMBUJA, Celso Candido; LUÍS, Cristóvão Atílio Viero; MELLO, Fernando Moraes de; ROHDEN, Luiz (orgs.). Os gregos e nós. São Leopoldo: Unisinos, 2009.

CALZAVARA, Rosemari Bendlin. Aspectos da tragédia moderna na dramaturgia de Jorge Andrade. XII Congresso Internacional da ABRALIC. 2011. Disponível em: https://abralic.org.br/eventos/cong2011/AnaisOnline/resumos/TC0986-1.pdf . Acesso em: 1 out. 2023.

CANDIDO, Antonio et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2014.

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. 30. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015.

DE LA BARCA, Pedro Calderón. La vida es un sueño. São Paulo: Hedra, 2008.

DOLEZEL, Lubomír. A poética ocidental: tradição e inovação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1990.

FLEIG, Mario. Antígona, o discernimento entre o bem e o mal, à luz da ética do desejo. In: MAGALHÃES, Fernando; DI MATTEO, Vincenzo (orgs.). A filosofia e o trágico. Recife, UFPE, 2010.

JOLLES, André. Formas simples. São Paulo: Cultrix, 1976.

NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

ROHDEN, Luiz. Os gregos e nós. São João Batista: Unisino, 2009.

SHAKESPEARE, William. Hamlet, príncipe da Dinamarca. São Paulo: Ubu, 2020.

SUASSUNA, Ariano. O arco desolado. In: Teatro completo de Ariano Suassuna: tragédias, v. 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.

SUASSUNA, Ariano. Uma mulher vestida de sol. In: Teatro completo de Ariano Suassuna: tragédias, v. 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2022.

TERZIS, Antonios; ORLANDI, Maria Aparecida. Relacionando mito-sonho-inconsciente: um estudo psicanalítico. Mental, v. 8, n. 14, p. 133-150, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-44272010000100008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 1 out. 2023.

VICTOR, Adriana. Emblemas e sagrações de Ariano Suassuna. SUPLEMENTO PERNAMBUCO, Recife, n. 211, p. 12-15, set. 2023.

VICTOR, Adriana; LINS, Juliana. Ariano Suassuna: um perfil biográfico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

WILLIAMS, Raymond. Tragédia moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

Publicado

2024-07-30

Cómo citar

Santana, W. C. F. de ., Martins, L. R. da S. ., & Costa, M. D. da S. . (2024). Do torvelinho solitário ao espetáculo desgracioso: aspectos do trágico em "O arco desolado", de Ariano Suassuna. Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, 12(1). Recuperado a partir de https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7149