A política curricular da “acreanidade”
o discurso no currículo de História
DOI:
https://doi.org/10.29327/268903.8.2-2Palavras-chave:
Acreanidade, Currículo, Políticas curricularesResumo
O presente trabalho refere-se a uma reflexão no contexto do campo curricular, trazendo a lume o discurso de acreanidade empreendido pela narrativa construída a partir dos Cadernos de Orientações Curriculares para edificar uma identidade acreana em uma tentativa de criar uma imagem unificada do Acre. Como objetivo, apresentamos o intuito de analisar as diretrizes presentes no COCs que corroboram com o discurso de acreanidade, identificando os sentidos das políticas curriculares e a estratégia discursiva utilizada para garantir a propagação e a reprodução de uma memória coletiva, observando os objetivos ocultos das empreitadas das reformas curriculares. Como caminho metodológico, elencamos a abordagem qualitativa por entender que através dela é possível melhor compreender o percurso trilhado pelas reformas curriculares colocadas em ação, bem como a narrativa construída com a acreanidade, tendo como método de coleta de dados a revisão bibliográfica e a leitura minuciosa dos referenciais teóricos, acrescido de uma análise documental de textos prescritivos para a área de História. Concluímos que a estratégia discursiva que se verifica no processo de reforma curricular colocada em ação pela ideia de acreanidade se consolida a partir da história enquanto narrativa memorial, construindo e inventando tradições, em que o discurso da “acreanidade” promove festividades e comemorações cívicas, compila manuais escolares, pulveriza símbolos e signos nos espaços públicos das cidades acreanas para consolidar uma memória-hábito.
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