Fronteira, Memória e Imaginário em o Amante das Amazonas (1992) de Rogel Samuel
Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar a relação entre fronteira, memória e imaginário amazônicos, representada n’O Amante das Amazonas (1992), de Rogel Samuel (1943-2023). Essa produção traduz literariamente a ascensão e decadência do Ciclo da Borracha, por meio da focalização do império construído em Manaus, pela exploração e dizimação de comunidades indígenas, no fim do século XIX e começo do XX. Com essa proposta, destacando uma metodologia de cunho interdisciplinar, mas tendo como foco, sobretudo, teorias do romance e da literatura comparada, podemos verificar na estrutura narrativa determinado estilo tropical, permitindo-nos compreender melhor como se constitui um método de composição literária fronteiriço, o qual combina ficção, testemunho, lendas, mitos, fotografias e, até mesmo, relatos pessoais do autor. Por fim, nossa fundamentação teórica está baseada em textos dos seguintes autores: Ángel Rama (2001), Ana Pizarro (2012), Silviano Santiago (2006), José Luís Jobim (2020), Silviano Santiago (2006), Tomás Eloy Martínez (1996), entre outros.
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