ANÁLISE DO PERFIL FITOQUÍMICO, POTENCIAL ANTIOXIDANTE DO EXTRATO DAS FLORES DE Spilanthes acmella

Autores

  • Natália Faria Romão Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA
  • Francisco Carlos da Silva Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA
  • Rafaelle Nazário Viana Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA
  • Alexandre de Barros Falcão Ferraz Universidade Luterana do Brasil - Ulbra

Resumo

Spilanthes acmella, vulgarmente conhecida como jambú, é uma espécie encontrada principalmente na região Norte do Brasil. Esta planta é comumente utilizada como tempero, onde suas flores e folhas têm um sabor picante e causam formigamento e dormência na boca. Devido a essa sensação a população utiliza as flores desta planta no tratamento de males da boca e da garganta, bem como anestésico para dor-de-dente. As flores são aplicadas na medicina popular tradicional para tratar gagueira e estomatite, dor de dente, reumatismo e febre. Com isso, o objetivo deste estudo foi analisar a constituição fitoquímica do extrato aquoso das flores de Spilanthes acmella, bem como determinar sua capacidade antioxidante. A análise fitoquímica foi realizada para determinar a constituição fitoquímica, bem como o Doseamento dos teores de flavonóides e fenólicos totais e o teste com DPPH para determinar o potencial antioxidante do extrato bruto aquoso. As análises fitoquímicas indicaram a presença de flavonóides e alcamidas. O doseamento determinou as concentrações de 1,77 ± 0,59 g % de flavonóides e 2,12 ± 0,44g % de compostos fenólicos totais. Através do teste com DPPH pode-se determinar a capacidade antioxidante de IC50 de 307, 21± 4,2 µg/ml para este extrato. Com isso podemos concluir que o extrato aquoso das flores de S. acmella possui uma baixa concentração de compostos fenólicos e flavonoides e com isso uma fraca capacidade antioxidante.

Biografia do Autor

Natália Faria Romão, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA

Bióloga, Mestre em Genética e Toxicologia, professora e coordenadora de atividades dos cursos de Ciências Biológicas e Biomedicina.

Francisco Carlos da Silva, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA

Biólogo, Mestre em Genética e Toxicologia, professor e Coordenador do curso de Ciências Biológicas.

Rafaelle Nazário Viana, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA

Bióloga, Mestre em Genética e Toxicologia, professora do curso de Ciências Biológicas.

Alexandre de Barros Falcão Ferraz, Universidade Luterana do Brasil - Ulbra

Farmaceutico, Especialista em Farmácia clínica e Análises clínicas, Doutor em Ciências Farmacêuticas, Professor Adjunto da Ulbra.

Referências

REIS, M.S.; MARIOT, A.; STEENBOCK, W. Diversidade e Domesticação de Plantas Medicinais. In. Farmacognosia: da planta ao medicamento (Simões, C.M.O. et al.,). 5 ed., Porto Alegre/ Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da UFSC, p. 45-74, 2003.

ZUANAZZI, J.A.; MONTANHA, J. A., Flavonoides. Farmacognosia: da planta ao medicamento. In: SIMÕES, C. M. O. et al. 5ª ed., Porto Alegre/Florianópolis; Editora da UFRGS/Editora da UFSC, p. 45-74, 2003.

RIZZO, J. A.; CAMPOS, I. F. P.; JAIME, M. C.; MUNHOZ, G. ; MORGADO, W. F. Utilização de plantas medicinais nas cidade de Goiás e Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev Brasileira de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 20, p. 431-447, 1999.

REVILLA, J. Cultivando a saúde em hortas caseiras e medicinais. Editora SEBRAE/INPA: Manaus, 2004.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A.; Plantas Medicinais no Brasil: Nativas e Exóticas. Nova Odessa: Instituto plantarum de estudos da Flora LTDA, 2002.

AGRA, M. F.; FREITAS, P. F.; BARBOSA-FILHO, J. M. Synopsis of the plants known as medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 171, p. 114-140, 2007.

LEWIS, W. H.; ELVIN-LEWIS, M.; KENNELLY, E. J.; GNERRE, M. C. Mapas de distribuição geográfica de Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN., 1988. Retirado de < http://www. mobot1.mobot.org/website/map_post.asp >, em 14 de outubro de 2011.

BAKER. J. G. (b). De uso Compositarum brasiliensium. Compositae IV. Helianthoideae, Helenioideae, Anthemideae, Senecionideae, Cynaroideae, Lingulatae, Mutisiaceae. Flora Brasileiensis, vol. 6, n.3, p. 409 a 412, 1884.

REVILLA, J. Apontamentos para a cosmética amazônica. Ed. SEBRAE-AM/INPA, Manaus, 2002.

LEY, J. P.; Blings, M.; Krammer, G.; Reinders, G.; Schmidt, C. O.; Bertram, H. J. Isolation and synthesis of acmellonate, a new unsaturated long chain 2-ketol ester from Spilanthes acmella. Rev. Nat.Prod.. v. 20, p. 798–804, 2006.

BOONEN J., BAERT B., ROCHE N., BURVENICH C., DE SPIEGELEER B. Transdermal behaviour of the N-alkylamide spilanthol (affinin) from Spilanthes acmella (Compositae) extracts. Journal of Ethnopharmacology. v.127, p. 77–84, 2009.

YASUDA, I.; TAKEYA, K.; ITOKAWA, H. The geometric structure of spilanthol. Rev. Chem. Pharm. Bull. v. 28, p. 2251–2253, 1980.

PRACHAYASITTIKUL, S. SUPHAPONG S., WORACHARTCHEEWAN A., LAWUNG R., RUCHIRAWAT S., PRACHAYASITTIKUL V. Bioactive Metabolites from Spilanthes acmella Murr. Rev. Molecules, v. 14, p. 850-867, 2009.

FALKENBERG, M.B.; SANTOS, R.I.; SIMÕES, C.M.O. Introdução a análise fitoquímica. In: SIMÕES, C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. (Eds.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. 3ed. Porto Alegre/Florianópolis: URFGS/UFSC, 2007.

WAGNER, H.; BLADT. S. Plant drug analysis. 2.ed. New York: Springer Verlag, 1996.

RAMSEWAK, R. S.; ERICKSON, A. J.; NAIR, M. G. Bioactive N-isobutiylamides from the flower buds of Spilanthes acmella. Rev. Phytochemistry. vol 51, p. 728 – 732, 1999.

SOARES, D.G.; ANDREAZZA, A.C.; SALVADOR, M. Sequestering ability of butylated hydroxytoluene, propylgallate, resveratrol, and vitamins C and E against ABTS, DPPH, and hydroxyl free radicals in chemical and biological systems. J. Agric. Food Chem., v. 51, n. 4, p.1077-1080, 2003.

MENSOR, L.L.; MENEZES, F.S.; LEITÃO, G.G.; REIS, A.S.; DOS SANTOS, T.C.; COUBE, C.S.; LEITÃO, S.G. Screening of Brazilian plant extracts for antioxidant activity by the use of DPPH free radiacal method. Phytotherapy Research, v. 15, n. 2, p. 127-130; 2001.

BRITISH Pharmaceutical. International Edition. London: Her Majesty.s Stationary Office; 2007.

WU LI-CHEN, NIEN-CHU FAN, MING-HUI LIN, INN-RAY CHU, SHU-JUNG HUANG, CHING-YUAN HU, SHANG-YU HAN. Anti-inflammatory Effect of Spilanthol from Spilanthes acmella on Murine Macrophage by Down-Regulating LPS-Induced Inflammatory Mediators, Journal of Agricultural and Food Chemistry. vol. 56, p. 2341–2349, 2008.

BAE S.S; EHRMANN B.M; ETTEFAGH K.A; CECH N.B; A Validated Liquid Chromatography– Electrospray Ionization–Mass Spectrometry Method for quantification of Spilanthol in Spilanthes acmella (L.) Murr. Phytochem. Anal. v. 21, 438–443, 2010.

VERYKOKIDOU-VITSAROPOULOS, E., BECKER, H. Flavonoide aus Spilanthes oleracea Jacq. Archives der Pharmazie, v.316, p. 815-816, 1983.

CHAKRABORTY, A., DEVI R. K. B., RITA S., SHARATCHANDRA Kh., SINGH Th. I., Preliminary studies on antiinflammatory and analgesic activities of Spilanthes acmella in experimental animal models. Indian J Pharmacol, v. 36, p. 148-150, 2004.

WONGSAWATKUL O.; PRACHAYASITTIKUL, S.; ISARANKURA-NA-AYUDHYA C.; SATAYAVIVAD J.; RUCHIRAWAT S.; PRACHAYASITTIKUL, V.; Vasorelaxant and Antioxidant Activities of Spilanthes acmella Murr. International Journal of Molecular Sciences. v. 9, 2724-2744, 2008.

KASPER, J., MELZIG, M.F., JENETT-SIEMS, K., New Phenolic Compounds of Acmella ciliate. Planta med. v. 76 (6), p. 633-635, 2010.

DEBA, F.; XUAN, T.D.; YASUDA, M.; TAWATA, S.; Chemical composition and antioxidant, antibacterial and antifungal activities of the essential oils from Bidens pilosa Linn. var. Radiata. Science direct, p. 346–352, 2008.

RODRIGUES, C.R.F., DIAS, J.H., DE MELLO, R.N., RICHTER, M.F., PICADA, J.N., FERRAZ, A. B.F., Genotoxic and antigenotoxic properties of Baccharis trimera in mice. Journal of Ethnopharmacology, v.125, p. 97–101. 2009.

Downloads

Publicado

2015-12-30

Como Citar

Romão, N. F., da Silva, F. C., Viana, R. N., & Ferraz, A. de B. F. (2015). ANÁLISE DO PERFIL FITOQUÍMICO, POTENCIAL ANTIOXIDANTE DO EXTRATO DAS FLORES DE Spilanthes acmella. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 2(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/375

Edição

Seção

Artigos Originais Ciências Biológicas

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)