Nas fraturas, nos (re)modelamos: lutas, inquietações e (re)existências
DOI:
https://doi.org/10.29327/269116.2.3-1Palavras-chave:
Lutas, Inquietações, (Re)existênciasResumo
Diante das inquietações, o que nos resta é sentir. Agir no agora, (re)imaginando o passado e desestabilizando o presente. Para os povos Pano[1], não é possível mensurar o futuro pela mera sensibilidade do existir, que se configura na importância do tempo mítico, constituído na sensibilidade da não fixação identitária – um pretérito do possível, porém não cristalizado por não passar nem formalizar (VIVEIROS DE CASTRO, 2018). Bem, futuro e presente são algo só, pois carecem de estabilidade existencial (SOUZA, 2017), diferentemente do passado, ou das variadas formas de passado, que são entendidas como concretamente possíveis. [...]
[1] Algumas línguas indígenas, localizadas em diversos territórios na região Norte do Brasil, são classificadas como pertencentes à Família Pano (SOUZA, 2020).
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