O (DES)PERTENCIMENTO DOS SUJEITOS SURDOS NO AMBIENTE ESCOLAR “OUVINTE”: IDENTIDADES, DISCURSOS DE MINORIZAÇÃO E RESISTÊNCIAS
Resumo
Este ensaio é resultado de reflexões desenvolvidas no decorrer das disciplinas do curso de Doutorado em Letras, do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade da Universidade Federal do Acre/Ufac, especificamente das discussões levantadas na disciplina “Sujeitos, Culturas e Identidades”, em que foram apresentadas considerações sobre a produção discursiva (ARROYO, 2014, BAUMAN, 2005, CORACINI, 2007, FAIRCLOUGH, 2001, HALL, 1997, LARROSA, 2015) em torno das inserção de grupos, ditos minoritários, os quais optamos por chamá-los de minorizados, e produzida nas práticas escolares em espaços, institucionalmente, identificados como sendo de inclusão. Neste texto, particularmente, levantamos algumas questões sobre as produções identitárias produzidas por sujeitos surdos em um ambiente escolar dominado por uma ideologia ouvintista. A partir da vivência e experiência profissional dos autores com os sujeitos surdos, principalmente aqueles que estão em processo de formação formal em escolas e na universidade (no curso de Letras-Libras da Ufac) produzimos algumas reflexões sobre as práticas educativas envolvendo esses sujeitos, destacando algumas observações sobre sua educação ao longo do tempo, enumerando pontos marcantes desse processo, e questões relacionadas à inclusão escolar e ao “isolamento” dos surdos, como minoria linguística, que ocorre, na maioria das vezes, nas escolas “dos ouvintes”. Nesse sentido, produzimos algumas considerações sobre as formas de resistência produzidas por sujeitos surdos para se inserirem em um espaço escolar opressor e homogeneizador, que resiste à inserção da Libras como uma língua a ser usada nos ambientes formais de educação.
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