Povos indígenas e suas lutas por direito a educação de qualidade e meio ambiente saudável
o caso da aldeia açaizal, região do Planalto Santareno, Pará-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.29327/268903.6.1-7Resumo
Este artigo trata de apresentar a aldeia Açaizal do povo indígena Munduruku, contextualizando sua realidade em plena ocupação da região por plantadores de soja e milho em formato de monoculturas que além de empobrecer a biodiversidade local contribuem, sobremaneira, com a poluição de recursos naturais imprescindíveis as populações tradicionais locais. A partir de relatos dos próprios moradores da aldeia Açaizal tecemos os significados da violação dos direitos fundamentais da comunidade, por parte do Estado, que além de se omitir frente aquela realidade contribui de várias formas para que os direitos a uma educação escolar indígena não se estabeleçam plenamente. Nesse contexto há também uma violação dos direitos ambientais, que podemos aqui tratar como racismo ambiental trazido pelos imigrantes que destroem o meio ambiente e os recursos necessários ao bem viver das pessoas da aldeia Açaizal. A luta por uma educação escolar na comunidade remonta a década de 70, quando conseguiram materializar a primeira escola. Nas últimas duas décadas do século XXI as agressões a pessoa indígena e aos seus territórios tem causado grandes perdas materiais e culturais ao povo Munduruku da Aldeia Açaizal. Nosso estudo denuncia a realidade de opressão em que vive esse povo, procura ajudar na visibilização de suas lutas e discute como podemos superar algumas dessas dificuldades. Apesar de ainda terem uma grande luta pela frente reivindicam uma condição de bem-viver, naquele território, com educação escolar de qualidade e um meio ambiente sustentável.
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