DISCURSÕES E ABORDAGENS SOBRE OUTRAS ARTES DE CURAR E SAÚDE PÚBLICA NO ACRE E NAS AMAZÔNIAS NOS ANOS DE 1904 A 1930
Resumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar pesquisas/análises sobre saúde pública e outras artes de curar nas Amazônias, no período que vai de 1904 a 1930. O recorte cronológico é importante porque abarca dois momentos do Território Federal do Acre, tanto a fase administrativa descentralizada, como a centralizada. Assim, as pesquisas e análises tiveram por objetivo perceber de que forma se dava o atendimento médico à população e como ocorriam os recursos a outras artes de curar. Jornais e Relatórios Oficiais de prefeituras departamentais e do governo do Território Federal do Acre, foram utilizados como fontes históricas. A perspectiva foi compreender como o Estado reagiu a práticas de cura desenvolvidas por atores sociais que não tinham formação em medicina ou outra área da saúde. Da mesma forma, buscou-se enfatizar como os habitantes dessas regiões, mediante a débil oferta de saúde pública, recorriam à medicina popular como forma de solução às doenças que ali se proliferavam. Além dos relatórios e jornais, também se desenvolveram diálogos com importantes referenciais bibliográficos que tratam sobre a temática. Foi a partir de diálogos com fontes e bibliografias, que se pôde perceber de que forma a saúde pública era pensada e executada nas Amazônias, destacando esses espaços como um importante campo de atuação da medicina tropical e das políticas de saneamento, em acordo com as teorias e práticas que gozavam de prestígio junto à comunidade científica do período.
PALAVRAS-CHAVES: Artes de curar; Curandeirismo; Acre; Amazônias;