ASPECTOS VEGETACIONAIS DO ESTADO DO TOCANTINS
UM ENFOQUE NA MICRORREGIÃO DO BICO DO PAPAGAIO, TO, BRASIL
Palavras-chave:
Amazônia-Cerrado, Ecótono, Vegetação, ConservaçãoResumo
A vegetação do estado do Tocantins é marcada por uma diversidade fisionômica e em relação a composição de espécies vegetais em todo o seu território, a partir de suas regiões fitoecológicas. Essas regiões são constituídas por Região de Cerrado, Região de Floresta Estacional e Região de Floresta Ombrófila, apresentando ainda regiões de ecótono e encraves. No extremo norte do Estado encontra-se a microrregião do Bico do Papagaio, com sua vegetação classificada em: Floresta Estacional, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Ombrófila Densa, Savana Arborizada (Cerrado), Savana Florestada e Savana Parque. Essa microrregião apresenta grande importância ecológica, pois está situada entre as bacias dos rios Araguaia e Tocantins, com grande parte de seu território inserido na zona de transição Amazônia/Cerrado. Além disso, a microrregião do Bico do Papagaio faz parte da área do Arco do Desmatamento Amazônico, constituindo uma preocupação ecológica e conservacionista no que concerne à proteção das espécies, principalmente da flora local. Evidencia-se também a presença de Unidades de Conservação e Terras Indígenas nessa microrregião, o que contribui para a proteção do patrimônio natural presente na área. Com isso, o trabalho expõe aspectos vegetacionais do Estado e, principalmente da microrregião do Bico do Papagaio para informar e sensibilizar a população e os tomadores de decisão acerca da importância da conservação dessa região, ainda tão carente de informações para subsidiar planos de manejo para a vegetação.
Referências
ACCACIO, Gustavo M. Flora na Ecorregião da Serra do Mar. 2011. Disponível em: https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/visao_conservacao_serra_do_mar.pdf. Acesso em: 11 dez. 2023.
BOLSON, S. H.; ARAÚJO, S. F. O cerrado nas metas brasileiras do acordo de paris: a omissão do estado brasileiro com o desmatamento na cumeeira da América do Sul. Revista de Direito Ambiental e Socioambientalismo, v. 4, n. 112, 2018. DOI: https://doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2525-9628/2018.v4i1.3996
BRASIL. 5º relatório nacional para a Convenção Sobre Diversidade Biológica. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas; Coordenador Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza. Brasília: MMA, 2016.
BRASIL. Áreas protegidas. Ministério do Meio Ambiente. 2023. Disponível em: https://antigo.mma.gov.br/areas-protegidas.html. Acesso em 01 abr. 2023.
COLLICCHIO, E.; ROCHA, H. R. Agricultura e mudanças do clima no Estado do Tocantins: vulnerabilidades, projeções e desenvolvimento. [livro eletrônico]. Palmas, TO: Editora Universitária - EdUFT, 2022. 438 p. disponível em: https://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/3853. Acesso em 19 out. 2023.
COLLI-SILVA, M; BEZERRA, T. L.; FRANCO, G. A. D. C.; IVANAUSKAS, N. M.; SOUZA, F. M. Registros de espécies vasculares em unidades de conservação e implicações para a lista da flora ameaçada de extinção do estado de São Paulo. Rodriguésia. v.67, n. 2, p. 405-425, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201667212
DIAS, R. R.; PEREIRA, E. Q.; SANTOS, L. F. Atlas do Tocantins: subsídios ao planejamento da gestão territorial. 5 ed. 2008. Secretaria do Planejamento do Estado do Tocantins, Palmas, Tocantins.
FERREIRA, R. Q. S.; SANTOS, L. A. C.; TEXEIRA, P. R.; BORGES, L.; SOUZA, P. B. DE. Estrutura Fitossociológica de um Cerrado Sensu Stricto, em Gurupi, Tocantins. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, v. 9, n. 1, 2020, p. 316-329. Disponível em: http://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2734. Acesso em: 20 out. 2023.
FORZZA, R. C. org., et al. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio De Janeiro. Catálogo de plantas e fungos do Brasil [online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. Introdução: as angiospermas do Brasil, p. 78-89. Vol. 1. ISBN 978-85-8874-242-0.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. Atlas, São Paulo, 2002.
HAIDAR, R. F.; FAGG, J. M. F.; PINTO, J. R. R.; DIAS, R. R.; DAMASCO, G.; SILVA, L. C. R.; FAGG, C. W. Florestas estacionais e áreas de ecótono no estado do Tocantins, Brasil: parâmetros estruturais, classificação das fitofisionomias florestais e subsídios para conservação. Acta Amazonica, v. 43, n. 3, 2013, p. 261–290. https://doi.org/10.1590/S0044-59672013000300003
IBGE. Estimativa 2022. v4.6.50. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/to/panorama . Acesso em 16 de out. de 2023.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil: compatível com a escala 1:250 000 / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Rio de Janeiro: IBGE, 2019.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Províncias estruturais, compartimentos de relevo, tipos de solos e regiões fitoecológicas / IBGE, Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. - Rio de Janeiro: IBGE, 2019.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de informações ambientais (BDiA). 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-ambientais/pedologia/23382-banco-de-informacoes-ambientais.html. Acesso em 04 de abril de 2024.
KLINK, C.; MACHADO, R. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade, n. 1, v. 1, 2005. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/228342037_A_conservacao_do_Cerrado_brasileiro. Acesso em: 23 out. 2023.
KÖPPEN, W. Climatologia: con un estudio de los climas de la tierra. Fondo de Cultura Económica. México. 1948.
LOPES, S. F.; SCHIAVINI, I. Dinâmica da comunidade arbórea de mata de galeria da Estação Ecológica do Panga, Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 21, n. 2, 2007, p. 249–261. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abb/a/H5XrdLs3LqbJbWTkhNJJwyj/?lang=pt. Acesso em: 21 out. 2023.
MAIA, L. C. et al. Species diversity of Glomeromycota in Brazilian biomes. Sydowia, 72, 2020. DOI: https://doi.org/10.12905/0380.sydowia72-2020-0181
MONTEIRO, André. Projeto Cerrado: cerrado strictu sensu. Cerrado Strictu Sensu. 2019. Disponível em: https://www.fotomemoria.com.br/imagens/. Acesso em: 11 dez. 2023.
MYERS, N., MITTERMEIER, R., MITTERMEIER, C.; FONSECA, G. A. B.; KENT, J. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, 2000, p. 853–858. DOI: https://doi.org/10.1038/35002501 Acesso em: 21 out. 2023.
NASCIMENTO, D. T. F.; NOVAIS, G. T. Clima do Cerrado: dinâmica atmosférica e características, variabilidades e tipologias climáticas. Élisée - Revista de Geografia da UEG, v. 9, n. 2, 2020, p. e922021
PINHEIRO, E. S.; DURIGAN, G. Diferenças florísticas e estruturais entre fitofisionomias do Cerrado em Assis, SP, Brasil. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.36, n.1, p.181-193, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-67622012000100019.
RATTER, J. A., BRIDGEWATER, S., RIBEIRO, J. F. Analysis of the floristic composition of the Brazilian cerrado vegetation III: comparison of the woody vegetation of 376 areas. Edinburgh Journal of Botany, 60: 57-109, 2003. DOI: https://doi.org/10.1017/S0960428603000064.
RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P.; RIBEIRO, J. F. Cerrado: Ecologia e Flora. Planaltina: Embrapa Cerrados; Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, v.1, 408 p., 2008.
ROLDÃO, A. F.; FERREIRA, V. O. Climatologia do Estado do Tocantins – Brasil. Caderno de Geografia, v. 29, n. 59, 2019. Disponível em: https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/10854. Acesso em: 21 out. 2023.
SÁ, I. B.; TAURA, T. A.; CUNHA, T. J. F.; SÁ, I. I. S.; Mapeamento e caracterização da cobertura vegetal Bacia Hidrográfica do São Francisco. Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, 25-30 abril 2009, INPE, p. 6305-6312.
SANO, E. E.; ROSA, R.; BRITO, J. L.; FERREIRA, L. G. Land cover mapping of the tropical savanna region in Brazil. Environment Monitoring and Assessment. v. 166, 2010, p. 113-24. DOI: https://doi.org/10.1007/s10661-009-0988-4.
SILVA, L. A. G. Biomas presentes no Estado de Tocantins. Biblioteca digital. Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. Nota técnica. Brasília, 2007.
SOUZA, L. B.; BARROS, J. R. Agronegócio e ambiente no Cerrado tocantinense: um panorama dos municípios com base em indicadores. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 13, n. 1, 2019, p. 124–149. DOI: https://doi.org/10.5216/ag.v13i1.51961.
SOUZA, L. A. S.; EISENLOHR, P. V. Drivers of floristic variation in biogeographic transitions: insights from the ecotone between the largest biogeographic domains of South America. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v. 34, n. 1, p. 155- 166, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-33062019abb0057.
TOCANTINS. Instituto Natureza do Tocantins - NATURATINS. Manual de restauração da vegetação nativa para adequação ambiental de imóveis rurais do estado do Tocantins. 2019. Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/500422/. Acesso em: 17 out. 2023.
TOCANTINS. Secretaria de Planejamento e da Modernização da Gestão Pública (Seplan). Departamento de Pesquisa e Zoneamento Ecológico-Econômico. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Estado do Tocantins - Áreas de Uso Legal Restrito e Potenciais à Conservação Ambiental - Tabelas e Mapas Síntese. Palmas: SEPLAN/DZE, 2012.
TOCANTINS. Secretaria de Planejamento e da Modernização da Gestão Pública (Seplan). Departamento de Pesquisa e Zoneamento Ecológico-Econômico. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável. Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal do Estado do Tocantins. Regiões Fitoecológicas da Faixa Centro. Escala 1:100.000. Palmas: Seplan/DZE, 2013.
TOCANTINS. Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública. Mapa das Regiões Fitoecológicas do Estado do Tocantins. Palmas: SEPLAN, 2019.
TOCANTINS. Lei Nº 1.560, de 5 de abril de 2005. Institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza - SEUC, e adota outras providências. Diário Oficial do Estado do Tocantins, Palmas, 7 abr. 2005. Nº 1.896. p. 1-8.
ULLOA-ULLOA, C. U. et al. An integrated assessment of the vascular plant species of the Americas. Science. v. 358, n. 6370. 2017. p. 1614-1617. DOI: https://doi.org/10.1126/science.aao0398 .
VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da Vegetação Brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, Rio de Janeiro, 1991, 112 pp. Disponível em: http://jbb.ibict.br//handle/1/397 . Acesso em 17 out. 2023.
VODONIS, S. F. Ecologia de uma Área de Carrasco no Domínio Cerrado: Estrutura e Relação Solo-Vegetação. 2019.70f. Dissertação (Mestrado Biodiversidade, Ecologia e Conservação) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ecologia e Conservação, Porto Nacional, 2019. Disponível em: https://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/1459. Acesso em 21 out. 2023.
VOLL, E. Carta de Vulnerabilidade Natural da Região do Bico do Papagaio - TO. Belo Horizonte, 2001. Monografia (Especialização em Geoprocessamento) – Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Cartografia.