A sala de aula como espaço de partilha
análise sob a ótica da complexidade de experiências em uma disciplina de mestrado
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.9.2-14Palavras-chave:
Educação. Complexidade. Diversidade. Sala de Aula. Partilha.Resumo
O artigo pretende analisar, sob a ótica da complexidade, experiências compartilhadas pelos mestrandos numa disciplina de Educação e Diversidades, ministrada em 2020, em contexto pandêmico da COVID-19. O objetivo central é destacar nos comentários formulados pelos discentes em roteiros propostos pelas docentes, sob uma ótica complexa, como a metodologia proposta contribuiu para a criação de um espaço de partilha dos relatos na temática da diversidade. A pesquisa é bibliográfica, de abordagem qualitativa, sendo utilizados os operadores cognitivos do pensamento complexo, de Edgar Morin, como categorias de análise. Como aporte teórico, fundamenta-se em Candau (2000); Freire (1996); Hooks (2013); Maturana (2002); Morin (2007); Nicolescu (1999); Valente (2008); e Suanno (2013). Concluiu-se que a sala de aula é ambiente de trocas e partilhas, para além de estruturas físicas, ambiente propício para construção de saberes e formação de sujeitos complexos, para além dos conteúdos disciplinares e programáticos. Foram encontradas possibilidades de pensar pelos operadores cognitivos do pensamento complexo.
Referências
ALENCAR, Francisco. Educação no Brasil: um breve olhar sobre o nosso lugar. GENTILI, Pablo. Educar na esperança em tempos de desencanto. Petrópolis: Vozes, 2001.
ALMEIDA, Ana Rita Silva. Emoção Na Sala de Aula (a). Papirus Editora, 2001.
ARANTES, Valéria Amorim. Afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Atlas, 2003.
BATALLOSO NAVAS, Juan Miguel Batalloso. Didáctica deconstructiva y complejidad: algunos principios. In. MORAES, Maria Cândida; NAVAS, Juan Miguel Batalloso (Orgs.). Complexidade e transdisciplinaridade em Educação: teoria e prática docente. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010. p. 63-107.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola, 2008.
CANDAU, Vera. Maria. (org).. Reinventar a Escola. Petrópolis: Vozes, 2000.
ELIAS, Marisa Del Cioppo (org). Pedagogia Freinet, Teoria e Prática. Campinas, SP: Papirus, 1996.
FLICK, Uwe. Introdução à metodologia da pesquisa: um guia para iniciantes. Porto Alegre: Penso, 2013.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão, diferença e deficiência: sentidos, deslocamentos, proposições. Inclusão Social, Brasília, v.10 n.2, p.37-46, jan./jun. 2017.
MATURANA, Humberto. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
MORAES, Maria Cândida. VALENTE, José Armando. Como pesquisar em educação a partir da complexidade e da transdisciplinaridade? São Paulo: Paulus, 2008.
MORAIS, Regis de org. Sala de aula: que espaço é esse? 5. ed. Campinas, SP: Papirus, 1991.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 5. Ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2007.
NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999.
PARO, Vitor Henrique. Educação como Exercício do Poder: Crítica ao senso comum em educação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência do Ensino Superior. São Paulo: Cortez, 2010.
PINO, Angel. (mimeo). A Afetividade e vida de relação. Campinas, UNICAMP: FE, 2000.
SUANNO, Marilza Vanessa Rosa Suanno. Didática e trabalho docente sob a ótica do pensamento complexo e da transdisciplinaridade. 2015. 493p. Tese de Doutorado em Educação, pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação, pela Universidade Católica de Brasília –UCB, Brasília-DF, 2015
TASSONI, Elvira Cristina Martins et al. Afetividade e produção escrita: a mediação do professor em sala de aula. 2000.
TEIXEIRA, Inês. Os professores como sujeitos socioculturais. In: DAYRELL, Juarez (org.). Múltiplos olhares sobre a educação e cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996. p. 179- 194.
VALDEZ, Diane. As relações interpessoais e a Teoria da Mente no contexto educativo. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, Artmed, ano VI, v.23, set/out 2002.
VASCONCELOS, Mário Sérgio, A afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. Educ. Soc., Campinas, vol.25, maio/agosto, 2004.
VIEIRA, Ubiratan. Descontinuidades a inclusão e da exclusão na educação de pessoas com deficiência no Brasil. In: PINTO, Joana Plaza; BRANCA, Falabella Fabrício (Orgs.). Exclusão Social e Microrresistências. Goiânia: Cânone Editorial, 2013.
