UM ESTUDO SOBRE A MATEMÁTICA NOKE KOĨ
Abstract
Este artigo revisita uma pesquisa de mestrado realizada em 2013 e se inscreve no campo das pesquisas qualitativas de cunho bibliográfico. Em Melo (2013), pela perspectiva da antropologia com pressupostos teórico da Etnomatemática, investigou-se as estratégias de matematizar do povo Noke Koĩ residentes nas Terras Indígenas Campina/Katukina, localizada na Amazônia extremo ocidental do Brasil, mais precisamente no Estado do Acre, na região do Vale do Juruá, próximo à cidade de Cruzeiro do Sul. Ao revisitar aquele estudo, nesse artigo descreve-se a estratégia de numerar usadas pelo povo Noke Koĩ. Em Melo (2013) utilizou-se diferentes instrumentos de coletas tais como entrevista semiestruturada e gravações em vídeo com pessoas mais velhas, documentos e material didático disponível da escola e trabalhos escolares produzidos pelos alunos. Porém, nesta revisita, em virtude das circunstâncias impostas pela pandemia utiliza-se apenas a pesquisa bibliográfica, uma vez que o contato presencial com os indígenas está suspenso. Ao revisitar um estudo previamente elaborado, constrói-se novos sentidos para o exercício da pesquisa. Em Melo (2013) os sujeitos da pesquisa foram professores indígenas, moradores das aldeias, alunos do curso de licenciatura para indígenas e estudantes das escolas situadas no âmbito das aldeias. A relevância em revisitar o mencionado estudo está relacionado à outra pesquisa em andamento, em nível de doutorado, com o mesmo grupo indígena. Nessa revisita, destacam-se o sistema de numeração não posicional, para utilizar no cotidiano das aldeias nas atividades de; 1) classificação; 2) comparação e 3) mensuração. Esse procedimento metodológico oportunizou repensar sobre os procedimentos de ensino de matemática para o povo Noke Koĩ.
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