LITERATURA E EXCEÇÃO:
A MEMÓRIA DOS ÁSPEROS TEMPOS
Abstract
O presente artigo tem por objetivo promover uma análise acerca do que nas décadas de 1930 e 1940 representou o período de exceção conhecido como Estado Novo que resultou no cerceamento das liberdades políticas e democráticas. Em decorrência desse episódio, a oposição ao sistema evidencia-se de modo significativo na obra de escritores como Graciliano Ramos e Jorge Amado, entre os mais destacados a antagonizarem o regime opressor. Por conta disso, a prisão de ambos representa uma marca que se coaduna ao sinal de resistência imposto por suas respectivas obras. Assim, para efeito deste trabalho, recorremos à possibilidade de uma leitura crítica acerca de Memórias do cárcere e Os subterrâneos da liberdade em que os respectivos escritores aprofundam seu posicionamento acerca das agruras perpetradas pelo regime antidemocrático que se instaura à revelia da vontade popular na sociedade brasileira.
Palavras-chave: Autoritarismo; Resistência; Estado de exceção.