FILIAÇÃO GENÉTICA DO JAMINAWA NA FAMÍLIA LINGUÍSTICA PANO: APONTAMENTOS E CONSIDERAÇÕES

Autores/as

  • Shelton Lima de Souza Universidade Federal do Acre/UFAC Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ

Palabras clave:

Filiação genética. Jaminawa. Línguas Indígenas. Família Linguística Pano.

Resumen

 

Neste artigo, há um olhar descritivo-interpretativo sobre estudos de organização genética de línguas Pano, com foco na língua indígena Jaminawa, falada em território acreano e amazonense. O objetivo inicial deste trabalho é apresentar, de maneira panorâmica e exploratória, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, as principais abordagens oriundas da Linguística Histórica referentes ao desenvolvimento de árvores genéticas que organizam línguas com características gramaticais e sociogeográficas similares e que, por extensão, podem ser agrupadas a grupos linguísticos específicos, no caso organizadas na família Pano – considerada uma família isolada. Ao apresentar essas abordagens de filiação genética para línguas de mesma família linguística, foram destacadas questões similares e diferenças entre as propostas dos autores e, por fim, como forma de resultado a ser mostrado, apresenta-se um quadro comparativo que destaca a inserção da língua Jaminawa como pertencente à família linguística em questão e, consequentemente, as diferenças entre as propostas de filiação genética desenvolvidas pelos autores em estudo.

Citas

CAMARGO, E. Reciprocal, response-reciprocal and distributive constructions in Cashinahua. In.: NEDJALKOV, V. P. Reciprocal Constructions. Amsterdam: John Benjamins Publishing, 2007.

CÂNDIDO, G. V. Descrição Morfossintática da Língua Shanenawa (Pano). Tese de doutorado: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2004.

FAUST, Norma; LOOS Eugene E. Gramática Del Idioma Yaminahua. Instituto Linguístico de Verano: Peru, 2002.

FERREIRA, V. R. S. Língua Matis (Pano): uma análise fonológica. Dissertação de mestrado: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2000.

FERREIRA, F. Jaminawá – Revitalização cultural. In.: Governo do Estado do Acre. Povos do Acre: história indígena da Amazônia Ocidental. Rio Branco: Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour – FEM, 2002.

___. “Eles têm um quintal grande demais para o estado do Acre”. Uma etnografia acerca das estratégias dos índios Jaminawá para sua permanência e trânsito entre suas aldeias e a cidade de Rio Branco-AC. Trabalho de Conclusão de Curso: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2014.

FERREIRA, R. V. Língua Matis (PANO): Uma Descrição Gramatical. Tese de doutorado: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2005.

FLECK, D. Ergatividade em Matsés (Pano). Liames, v. 109, p. 87, primavera 2005.

___. Ergativity in the Mayoruna branch of the Panoan Family. In.: GILDEA, S., QUEIXALÓS, F. Ergativity in Amazonia. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2010.

___. Panoan Languages and Linguistics. New York: American Museum of Natural History – Scientific Publications, 2013. Disponível em: <http://digitallibrary.amnh.org/dspace/bitstream/handle/2246/6448/AP99.pdf?sequence=1> Acesso em 02/07/2019.

GRASSERIE, M. R. de la. De la famille linguistique pano. Congrès International des Américanistes.Berlin: Librairie W.H.Kühl. 1890. p. 438-450. Disponível em <https://archive.org/details/delafamilleling00grasgoog>. Acesso em 02/07/2019.

LANES, E. J. Mudança fonológica em línguas da família Pano. Dissertação de mestrado: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

___. Aspectos da mudança linguística em um conjunto de línguas amazônicas: as línguas Pano. Tese de doutorado: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, 2005.

LOOS, E. E. Pano. In.: DIXON, R. M. e AIKHENVALD, A. Y. The Amazonian Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

RODRIGUES, A. D. (ORG.). Atas do I Encontro Internacional do Grupo de Trabalho sobre Línguas Indígenas da ANPOLL. Belém: Editora Universitária, 2002.

___. Línguas brasileiras: para conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Edições Loyola, 1994.

RIBEIRO, L. A. A. Uma proposta de classificação interna das línguas da família Pano. Revista Investigações. Linguística e Teoria Literária. Recife, v. 19. p. 1-25, 2006.

SÁEZ, O. S. O nome e o tempo dos Yaminawa. Tese de doutorado: Universidade de São Paulo – USP, 1995.

___. Nawa, Inawa. Ilha. Revista de Antropologia, 4(1): 35-54, p., 2002.

___. O nome e o tempo dos Yaminawa: etnografia e história dos Yaminawa do rio Acre. São Paulo, Editora UNESP: ISA; Rio de Janeiro: NUTI, 2006.

___. O território, visto por outros olhos. Revista de Antropologia, V. 58, n.º 1, 2015.

SEKI, L. A Linguística Indígena no Brasil. D.E.L.T.A., Vol. 15, N.º Especial, 1999, p. 257-290. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/delta/v15nspe/4019.pdf. Acesso em 08/10/2019

SOUZA, Shelton Lima de. POVO E LÍNGUA JAMINAWA (variedade de Kayapucá): da realidade social às formas linguísticas e às categorias Aspecto-temporal, Modo e Negação. 2017. 261f. Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em Linguística, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

Publicado

2020-07-28

Cómo citar

de Souza, S. L. (2020). FILIAÇÃO GENÉTICA DO JAMINAWA NA FAMÍLIA LINGUÍSTICA PANO: APONTAMENTOS E CONSIDERAÇÕES. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 7(2), 646–660. Recuperado a partir de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/3723

Número

Sección

Linguística, Letras e Artes