OS SENTIDOS CONSTRUÍDOS PARA O CONCEITO DE EVOLUÇÃO, NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Autores

  • Ana Maria Medeiros de Albuquerque Santana
  • Aline Andréia Nicolli
  • Josenilson da Silva Costa Universidade Federal do Acre http://orcid.org/0000-0002-5564-3105

Resumo

No presente texto apresentaremos o recorte de uma pesquisa que buscou responder a seguinte questão: "De que forma as práticas pedagógicas realizadas em aulas de Biologia interferem nos sentidos construídos pelos alunos para o conceito de Evolução?". Para tanto, aplicamos pré-testes e pós-testes e acompanhamos as aulas de dois professores de Biologia, em duas turmas de Ensino Médio, em uma Escola Pública Estadual, localizada no interior do estado do Acre. As análises foram realizadas tendo como fundamento a Análise de discurso, nos escritos de Pêcheux [11], [28] e Orlandi [30], [34] focaram-se prioritariamente em identificar os sentidos construídos pelos alunos para o conceito de evolução.

Biografia do Autor

Ana Maria Medeiros de Albuquerque Santana

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Acre (UFAC); Especialista em Psicopedagogia (CBPEX); Licenciada em Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba. Atuação em sala de aula do Ensino Fundamental II ao Nível Médio nas áreas de Ciências, Biologia e Química. Professora de nível superior de Pedagogia pela UFAC, através do programa PARFOR. Experiência na área de formação de professores e coordenação pedagógica. Bióloga credenciada pelo CRBio - 5 com experiência em campo na área de Ornitologia e Preservação Ambiental.

Aline Andréia Nicolli

Professora e Pesquisadora no Centro de Educação, Letras e Artes, da Universidade Federal do Acre, com experiência em Formação de professores, atuando, principalmente, com Ensino de Ciências, Epistemologia e Práticas Pedagógicas e Pesquisa em Educação, nos cursos de Ciências Biológicas e Pedagogia (graduação); Educação e Ensino de Ciências e Matemática (mestrado) Graduada em Ciências Biológicas (1995), com Mestrado (2001) e Doutorado (2009) em Educação e Pós-doutorado em Educação Científica e Tecnológica (2011). Foi Coordenadora do Curso de especialização em Coordenação Pedagógica, ofertado por meio do Programa Nacional Escola de Gestores, de 2012 a 2014. Atuou como Diretora de Apoio ao Desenvolvimento ao Ensino, na Ufac, de novembro de 2012 a março de 2014. Foi Coordenadora do Programa Nacional Escola de Gestores, da Ufac, de 2014 a 2016. Foi Pró-reitora de Assuntos Estudantis, de março de 2014 a março de 2015. Foi Pró-reitora de Graduação, da Universidade Federal do Acre, de março de 2015 a dezembro de 2017. Foi Presidente do Comfor, na Ufac, de março de 2014 a fevereiro de 2018. É docente credenciada no Mestrado em Educação e no Mestrado Profissional em Ensino de Ciências, da Ufac, desde 2014 e 2013, respectivamente.

Josenilson da Silva Costa, Universidade Federal do Acre

Possui licenciatura em Química pela Universidade Federal do Acre (2015). É Mestre Profissional em Ensino de Ciência e Matemática (2016) e Mestre em Ciência e Inovação Tecnológica (2017), ambos os programas pertencentes à Universidade Federal do Acre. Possui experiência, principalmente, em ensino e aprendizagem na educação especial numa perspectiva da educação inclusiva nas escolas públicas regulares de ensino voltado aos alunos com Surdez. Atualmente trabalha no ensino regular como professor de Química pela secretaria de educação es eporte do estado do Acre e é professor Mediador no ensino especial pela secretaria municipal de educação de Rio Branco, Acre.

Referências

TIDON, R.; VIEIRA, E. O ensino de evolução biológica: um desafio para o século XXI. Com Ciência nº 107. Campinas, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Orientações curriculares para o ensino médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio, parte III Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC, 1998.

ALMEIDA, D. F. Concepções de alunos do ensino médio sobre a origem das espécies. Ciência & Educação, Bauru, v. 18, n. 1, p.143-154, 2012

TAVARES, M. Argumentação em salas de aula de biologia sobre a teoria sintética da evolução. Belo Horizonte, 2009. p.336.Tese de Doutorado (Educação). Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.

RAZERA, J. C. C. Evolucionismo versus criacionismo no ensino de ciências: para além das controvérsias entre ciência e religião. Ciência em Tela, Volume 2, n.1, 2009.

OLEQUES, L. C.; SANTOS, B.; BOER, N. Evolução biológica: percepção de professores de biologia. In: Revista Eletrônica de Ensino de Ciências. Vol. 10, n.2, 243-263, 2011.

CARNEIRO, A. P. N. A evolução biológica aos olhos de professores não licenciados. 2004. 137fs. Dissertação de Mestrado em Educação Cientifica e Tecnológica – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.

AMORIM, M. C.; LEYSER, V. Ensino de evolução biológica: implicações éticas da abordagem de conflitos de natureza religiosa em sala de aula. VII Encontro Nacional em Pesquisa em Educação em Ciências. Anais do VII Encontro Nacional em Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, 2009.

CORRÊA, A. L. [et al]. História e filosofia da biologia como ferramenta no ensino de evolução na formação inicial de professores de biologia. Filosofia e História da Biologia, v. 5, n. 2, p. 217-237, 2010.

PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. 3. ed. Campinas, SP: Pontes, 2008.

FUTUYMA, D. Biologia evolutiva. Tradução de Mário de Vivo e Fábio de Melo Sene. Ribeirão Preto: 2. ed., Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 646p. 1992.

STEBBINS, G. Processos de evolução orgânica. São Paulo: Polígono e Edusp, 255 p. 1970.

LAMARCK, J. B. Histoire naturelle des animaux sans vertèbres. 7 vols. Paris: Verdière, 1815-1822.

SIMPSON, G. Tempo and mode in evolution. Columbia University Press, 1944.

DARWIN, C. A origem das espécies. São Paulo: Editora Hemus, 2003.

VALOTTA, L. A. [et al]. Frequência de genes em populações: subsídios para o ensino de Evolução e Seleção Natural. In: VII Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia. Anais do VII Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia. São Paulo: FEUSP, 2000.

ACRE. Secretaria de Educação do Estado do Acre. Caderno de orientações curriculares. Biologia. Rio Branco, 2010.

OLIVEIRA, D. L. Evolução: um fio condutor para os conhecimentos biológicos. In: 1º Ciclo de Debates sobre o ensino de Biologia na UFSC. Anais do 1º Ciclo de Debates sobre o ensino de Biologia na UFSC. Florianópolis: 1995.

GAYON, J. Ensinar Evolução. In: MORIN, E. A religião dos saberes: o desafio do Século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil Ltda., 2001.

DOBZHANSKY, Theodosius. Nothing in Biology makes sense except in the light of evolution. Amer. Biol. Teacher, 35: p.125-129, 1973.

FUTUYMA, D. Evolução, ciência e sociedade. São Paulo: Editor de Livros SBG, 2002.

BIZZO, N. From down house landlord to Brazilian high school students: what has happened to evolutionary knowledge on the way? JOURNAL OF RESEARCH IN SCIENCE TEACHING, v. 31, N. 5, p. 537-556. 1994.

ORLANDI, E. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 5. ed. Campinas SP/BRA: Pontes, 2003.

ORLANDI, E. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. 5.ed. Campinas: Pontes, 2007.

CASSIANI, S.; PEREIRA, M. A. A fotossíntese no ensino fundamental: compreendendo as interpretações dos alunos ciência e educação ciências. Ciência e Educação (UNESP), v. 8, p. 97-111, 2002.

ORLANDI, E. Identidade linguística escolar. In: Inês Signorini. (Org.). Língua(gem) e identidade. Campinas: Mercado de Letras, 1998.

PÊCHEUX. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução de Eni P. Orlandi. Campinas: Pontes, 1990.

CAREGNATO, R.; MUTTI, R. Pesquisa Qualitativa: Análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto & contexto – Enfermagem, v. 15, n 4,

ORLANDI, E. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Petrópolis: Vozes, 1996.

CAUDURO, M. L. Escrita e ensino - ecos do discurso pedagógico: gêneros em questão. V SIGET - Simpósio Internacional de Estudos de gêneros textuais. Anais do V SIGET - Simpósio Internacional de Estudos de gêneros textuais. Caxias do Sul, ISSN: 1808-7655, 2009.

NICOLLI, A. A.; CASSIANI, S. Das histórias de leitura e escrita às práticas docentes de leitura e escrita de futuros professores de ciências. In: ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.5, n.2, p.69-81, setembro 2012.

FERREIRA, M. C. Glossário de termos do discurso. Porto Alegre: UFRGS, 2001.

ORLANDI, E. Análise de discurso. In: Eni Orlandi; Suzy Lagazzi. (Org.). Introdução às ciências da linguagem: discurso e textualidade. Campinas: Pontes Editores, 2005.

ASSIS, A. W. A.; MARECO, R. A produção de sentido em um enunciado jurídico. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 01, n. 01, p. 123–134, jan./jun. 2012.

NICOLLI, A. A.; MORTIMER, E. Perfil Conceitual e a escolarização do conceito de morte no ensino de Ciências. In: Educar em revista. n 44, p. 19-35, Curitiba, UFPR, 2012.

Downloads

Publicado

2019-08-01

Como Citar

Santana, A. M. M. de A., Nicolli, A. A., & Costa, J. da S. (2019). OS SENTIDOS CONSTRUÍDOS PARA O CONCEITO DE EVOLUÇÃO, NO ENSINO DE CIÊNCIAS. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 6(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/2190

Edição

Seção

Ciências Biológicas