ENTRE FALA E AÇÃO: A MOLA MOVEDORA DAS AÇÕES EM HEDDA GABLER
Resumo
RESUMO: O intuito deste artigo é descrever e analisar as forças que movem a ação na obra Hedda Gabler de Ibsen (1828-1906). O recurso narrativo na presente dramaturgia não é nenhuma novidade, os dramaturgos gregos utilizavam esta técnica. Era por meio da narrativa que as cenas mais fortes (assassinatos, sacrifícios) chegavam ao palco. Ibsen, em Hedda Gabler, poupou o leitor/espectador de cenas fortes e marginais, no palco coexiste a contradição do é elevado (apolíneo) e do que é baixo (dionisíaco). Ainda que as forças dionisíaca sejam refutadas, torna-se o pivô das ações ambientadas num clima aristocrático denotado na indicação da cenografia, iluminação e sonoplastia. Nos corpos vibram outras frequências que são silenciadas pelo verbo ou pela suspensão deste. Para discutir tais questões, tem-se como referência teórica Williams (2002), Bakhtin (1987) e como corpus de análise, a peça traduzida por Millôr Fernandes (2004).
Referências
ARISTÓTELES. Arte poética. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2007.
BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.
_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BLOOM, H. Como e Por Que Ler. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
CAMUS, A. O Mito de Sísifo. Editora Record. Brasil, 2004.
IBSEN, H. Hedda Gabler. Trad. Millôr Fernandes. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2004.
LESKY, A. A tragédia grega. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1990.
NIETZSCHE, F. O Nascimento da tragédia. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
RYENGAERT, J. Introdução à análise do teatro. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
SZONDI, P. Teoria do drama moderno (1880-1950). Trad. Luiz Sérgio Repa. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 2001.
WILLIAMS, R. Tragédia moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Transferência de direitos autorais:
Declaro que após aprovado para publicação a Revista Tropos editada pela Universidade Federal do Acre (UFAC), passará a ter os direitos autorais do trabalho, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo permitida a reprodução total ou parcial desde que devidamente referenciada.