O FIM DO INSTRUMENTO: A PERFORMANCE MUSICAL EM NIRVANA E A ARTE AUTODESTRUTIVA DE KURT COBAIN
Palabras clave:
Kurt Cobain, Nirvana, Performance, Destruição de instrumentoResumen
O presente trabalho se utiliza de imagens da cultura pop para refletir sobre a relação instrumento-instrumentista no contexto da performance destrutiva do cantor norte-americano Kurt Cobain. Conhecido por destruir seus instrumentos ao fim das apresentações, Cobain se notabilizou pelo uso dinâmico de seu instrumento, pelo sucesso de suas composições e pelo fato de que sua carreira também foi encerrada por um ato destrutivo, seu suicídio. Veremos como esses eventos se entrelaçam no imagético construído a respeito dele, particularmente, em sua relação com o instrumento de sua escolha. Veremos como tecnologia e arte dialogam no desenvolvimento da obra do Nirvana, em representações imagéticas, líricas e performáticas. O trabalho faz uso das teorias de Martin Heidegger, Maurice Merleau-Ponty, Graham Harman acerca do uso de instrumentos e sua relação com o artesão e com o mundo para gerir um debate acerca da performance de Cobain. A noção de Arte Autodestrutiva de Gustav Metzger será vital, bem como a comparação com outras performances de artistas pop contemporâneos. Contudo, um passo metodológico decisivo é uma leitura da relação sujeito/objeto proposta por Judith Butler, que nos permite instar sobre um devir pré-pessoal na relação. No primeiro trecho “O pianista”, temos uma introdução à temática; em “O instrumental em Nirvana”, descrevemos as diferentes formas tomadas pela questão na obra do Nirvana; “A guitarra desabrocha” explora ontologicamente a relação instrumento-instrumentista; em “A marteladas”, algumas performances destrutivas na música pop são brevemente analisadas; finalmente, “Feito bala” apresenta as considerações finais acerca da performance Cobain.
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