O ser social na espreita da educação

formação e (ou) trabalho?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.29327/210932.9.2-11

Palabras clave:

Educação. Políticas Educacionais. Capitalismo. Formação.

Resumen

Este artigo tem como escopo refletir sobre o sentido da educação diante do impacto das reformas educacionais para a formação humana, especificamente a Reforma do Ensino Médio, proposta pela Lei nº. 13.415/2017, na última fase da educação básica. Apresenta como questões problematizadoras a precarização do ensino público, a partir de alianças com interesses privados, e a padronização de ações, a partir das políticas educacionais, desconsiderando a autonomia e a heterogeneidade locais. Elaborado a partir de análise dos documentos que dão embasamento legal e normativo à Reforma do Ensino Médio e através de uma revisão bibliográfica para consolidar um aporte teórico que subsidie tal discussão. Assim, recorre-se a autores como Marx (2013), Mészáros (2008), Bourdieu (2015), além de outros, para buscar na teoria crítica o real sentido sociocultural da educação. Ao que se conclui que a qualidade de ensino não depende propriamente das políticas educacionais.

Biografía del autor/a

Núbia Regina Telles, Universidade Estadual de Goiás

Graduada em Ciências Sociais. Pós-graduada em Orientação Educacional e Formação Sócio Econômica do Brasil. Mestranda pelo PPG IELT, da Universidade Estadual de Goiás. Professora efetiva da rede estadual de educação de Goiás. Pesquisa na área de Sociologia.

João Roberto Resende Ferreira, Universidade Estadual de Goiás

João Roberto Resende Ferreira. Doutor em Educação pela UFG (2011). Prof. pesquisador do Curso de Pedagogia (UEG-Anápolis), e da Pós-graduação em Ensino de Ciências e Programa Interdisciplinar de Educação, Linguagem e Tecnologias, coordenou esse último no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2020.

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Publicado

2021-11-22

Cómo citar

Telles, N. R., & Ferreira, J. R. R. (2021). O ser social na espreita da educação : formação e (ou) trabalho?. Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, 9(2). https://doi.org/10.29327/210932.9.2-11