QUALIDADE DE VIDA E BURNOUT DE DOCENTES DA AMAZÔNIA OCIDENTAL BRASILEIRA

Autores

  • Kleyton Góes Passos Universidade Federal do Acre. http://orcid.org/0000-0002-6655-3412
  • Gerson Scherrer Júnior Universidade Federal de São Paulo
  • Dulce Aparecida Barbosa Universidade Federal de São Paulo
  • Angélica Gonçalves Silva Belasco Universidade Federal de

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Docente, Estresse

Resumo

Introdução: A Qualidade de vida é parte do estado mental do indivíduo, um reflexo de seu desenvolvimento e do ambiente social e físico, onde vive. Objetivo: avaliar a qualidade de vida dos docentes do Campus Floresta da Universidade Federal do Acre (Ufac) na Amazônia Ocidental Brasileira. Material e método: pesquisa exploratória, analítica, transversal, realizada com professores da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta para avaliar a qualidade de vida (QV). Foram coletados dados sociodemográficos, econômicos, de trabalho e aspectos diversos da vida, aplicado o questionário de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36). As variáveis contínuas foram expressas por meio de médias (dp) ou mediana (mínimo e máximo) e as categóricas expressas em proporção. Utilizou-se para associações entre o SF-36 e variáveis demográficas o Teste Qui-quadrado; para QV Correlação de Spearman; as associações entre variáveis foram feitas por meio do coeficiente de correlação de Pearson e para comparar a QV e variáveis categóricas foi utilizado o teste T (2 categorias) ou ANOVA (3 e mais categorias). Resultado: 87 docentes, maioria do sexo feminino (57,5% n=50) e (42,5% n=37) do sexo masculino, estado civil casado/união estável (69,0% n=60), com renda familiar mensal entre 7 e 10 salários mínimos (35,6% n=31), nível de escolaridade (4,6% n=4) eram pós-doutores. (31,0% n=27) doutores, (40,2% n=35) mestres, (20,8% n=18) especialistas e (3,4% n=3) graduados. Capacidade Funcional com média de 82,87 pontos (p), seguidos por Aspectos Sociais 72,78 p, Saúde Mental 71,81p.  Em contrapartida, os domínios: Dor 66,72 p, Aspectos Físicos 65,57 p, Aspectos Emocionais 60,91 p, Vitalidade 57,18 p e Estado Geral de Saúde 58,52 p. Conclusão: Portanto mesmo que os docentes apresentem uma boa realização profissional e altos índices de satisfação no trabalho, estes apresentam-se exaustos emocionalmente, e com uma qualidade de vida insatisfatória, logo sugere-se a necessidade de intervenções de modo a minimizar os riscos para o desenvolvimento de doenças físicas e mentais, assim como a melhora da qualidade de vida dos docentes. 

Descritores: Qualidade de vida; Docente; Estresse.

Biografia do Autor

Kleyton Góes Passos, Universidade Federal do Acre.

Mestre em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local; Especialista em Saúde Coletiva com Ênfase na ESF e Enfermagem do Trabalho; Bacharel em Enfermagem. Professor do Centro Multidisciplinar no Campus Floresta da Universidade Federal do Acre - UFAC; atualmente membro do Conselho Universitário da UFAC e do Núcleo Docente Estruturante do Curso Bacharelado em Enfermagem. Experiência em gestão administrativa na função de Secretário Municipal de Saúde; Direção Geral do Instituto Técnico Educacional do Acre e Coordenação de Curso Superior em Enfermagem.

Gerson Scherrer Júnior, Universidade Federal de São Paulo

Doutorando em Ciências, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP, Escola Paulista de Enfermagem/EPE. São Paulo (SP), Brasil.

Dulce Aparecida Barbosa, Universidade Federal de São Paulo

Pós Doutora em Ciências, Programas de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP. Escola Paulista de Enfermagem/EPE. São Paulo (SP), Brasil.

Angélica Gonçalves Silva Belasco, Universidade Federal de

Pós Doutora em Ciências e Professora dos Programas de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP. Escola Paulista de Enfermagem/EPE. São Paulo (SP), Brasil.

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Publicado

2021-09-04

Como Citar

Passos, K. G., Gerson Scherrer Júnior, Dulce Aparecida Barbosa, & Angélica Gonçalves Silva Belasco. (2021). QUALIDADE DE VIDA E BURNOUT DE DOCENTES DA AMAZÔNIA OCIDENTAL BRASILEIRA. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 8(2), 314–326. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/3677

Edição

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Artigos Originais Ciências da Saúde

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