UTILIZAÇÃO DE CASCA DE BANANA COMO TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR LOCALIZADO NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB

Autores

  • EDMILSON DANTAS DA SILVA FILHO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • ALDENI BARBOSA DA SILVA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Esperança, Paraíba, Brasil.
  • FRANCISCO DE ASSIS DA SILVEIRA GONZAGA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • WILIANE MARIA DE MENEZES SENA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • NATÁLIA SOUTO DE ARAÚJO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA DE MELO CARACOL Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.
  • MARCO TULLIO LIMA DUARTE Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Resumo

Esse trabalho teve como objetivo investigar o uso da casca de banana seca e triturada como tratamento sustentável e de baixo custo, na análise físico-química da água do poço tubular localizado na zona urbana do município de Lagoa Seca-PB. As amostras de água foram coletadas em garrafa PET de 2 litros e encaminhadas até o Laboratório de Química (LQ) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus Campina Grande-PB. Para o tratamento da água, utilizou-se um filtro natural composto de cascalho, areia, telha em pedaço e carvão mineral, e o segundo filtro composto de casca de banana e sabugo de milho. Após a utilização do filtro de casca de banana ocorreu: redução no valor do pH de 7,3 para 6,0; redução da acidez carbônica na ordem de 28,6%; redução da alcalinidade média na ordem de 22,3%, tornando-se a água própria para o consumo humano, de acordo com as normas vigentes; redução da dureza total média de 140 para 80 mg/L de CaCO3; redução do cloreto de 278 mg/L para 190 mg/L (redução de 31,6%) deixando a água compatível com as normas da portaria de consolidação no 05/2017; aumento da cor aparente de 0 para 15 uH, porém, permanecendo de acordo com a portaria vigente; redução do cloro total de 0,05 mg/L para 0,01 mg/L; redução da condutividade elétrica da ordem de 39,6% (de 712 para 430 µS/cm); aumento dos sólidos totais dissolvidos a da porcentagem de cinzas, porém permanecendo dentro das normas.

Biografia do Autor

EDMILSON DANTAS DA SILVA FILHO, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Professor de Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

ALDENI BARBOSA DA SILVA, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Esperança, Paraíba, Brasil.

Professor de Biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Esperança, Paraíba, Brasil.

FRANCISCO DE ASSIS DA SILVEIRA GONZAGA, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Professor de Geologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

WILIANE MARIA DE MENEZES SENA, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Técnica em Mineração pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

NATÁLIA SOUTO DE ARAÚJO, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Técnica em Mineração pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA DE MELO CARACOL, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Técnica do Laboratório de Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

MARCO TULLIO LIMA DUARTE, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

Professor de Biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus de Campina Grande, Paraíba, Brasil.

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

DA SILVA FILHO, E. D., DA SILVA, A. B., GONZAGA, F. D. A. D. S., SENA, W. M. D. M., DE ARAÚJO, N. S., CARACOL, M. D. C. S. D. M., & DUARTE, M. T. L. (2019). UTILIZAÇÃO DE CASCA DE BANANA COMO TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR LOCALIZADO NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 6(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/2268

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