PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA E CITOTOXICIDADE AGUDA DAS FLORES DE Carnegiea gigantea (ENGELM) BRITTON & ROSE

Autores

  • Anna Luíza Simioni Ferrari Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná
  • Karine Amanda Costa CEULJI-ULBRA
  • Valéria Ferreira CEULJI-ULBRA
  • Alexandra Luiza Buliam CEULJI-ULBRA
  • Richard da Silva Pereira Calazans CEULJI-ULBRA
  • Graciele Dina da Silva Faria CEULJI-ULBRA
  • Jeferson de Oliveira Salvi Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (UNIJIPA)

Resumo

O presente estudo teve como objetivo identificar os metabólitos secundários e avaliar a atividade citotóxica das flores de Carnegiea gigantea, planta popularmente conhecida como cacto gigante ou saguaro. A prospecção fitoquímica foi realizada por meio de testes qualitativos colorimétricos validados, desta forma, se observou a presença de alcaloides, cumarinas, flavonoides, saponinas e taninos nos infusos das flores. A citotoxicidade foi investigada pelo teste de letalidade frente ao microcrustáceo Artemia salina e demonstrou uma DL50 de 8.128 µg/mL, classificando a espécie vegetal em questão como atóxica. Conclui-se que a determinação da composição química das flores, bem como, a investigação dos parâmetros toxicológicos in vitro são importantes para fomentar a investigação in vivo sobre os efeitos da Carnegiea gigantea em diferentes sistemas biológicos.

Biografia do Autor

Anna Luíza Simioni Ferrari, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná

Acadêmica de Farmácia do CEULJIULBRA

Karine Amanda Costa, CEULJI-ULBRA

Acadêmica de Farmácia do CEULJI-ULBRA

Valéria Ferreira, CEULJI-ULBRA

Acadêmica de Biomedicina do CEULJI-ULBRA

Alexandra Luiza Buliam, CEULJI-ULBRA

ACADÊMICA DE FARMÁCIA DO CEULJI-ULBRA

Richard da Silva Pereira Calazans, CEULJI-ULBRA

ACADÊMICO DE FARMÁCIA DO CEULJI-ULBRA

Graciele Dina da Silva Faria, CEULJI-ULBRA

ACADÊMICA DE FARMÁCIA DO CEULJI-ULBRA

Jeferson de Oliveira Salvi, Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (UNIJIPA)

Farmacêutico generalista pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Especialista em Acupuntura pelo Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino (IBRATE) em convênio com a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

Mestre e doutorando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).

Coordenador do curso de Farmácia da UNIJIPA

Docente da disciplina de Toxicologia da UNIJIJPA

 

Referências

CAVALCANTE A, TELES M, MACHADO M. Cactos do semiárido do Brasil: guia ilustrado. Instituto Nacional do Seminário, Campina Grande, Paraíba, 2013.

GUZMÁN US, ARIAS P, DÁVILA. Catálogo de cactáceas mexicanas. UNAM, CONABIO, México, 2013.

MAUSETH, J.D. Structure–function relationships in highly modified shoots of Cactaceae. 2006. Annals of Botany, 98, 901–926.

ARAKAKI M, CHRISTIN PA, NYFFELER R, LENDEL A, EGGLI U, OGBURN RM, SPRIGGS E, MOORE MJ, EDWARDS EJ. Contemporaneous and recent radiations of the world’s major succulent plant lineages. 2011. Proceedings of the National Academy of Sciences USA, 108, 8379–8384.

SILVEIRA R. Cactus. Ervanarium. 2013.

EMORY. Lieut Col W. H. Notes of a military reconnoissance, from fort Leavenworth, in Missouri, to San Diego, in California, including part of the Arkansas, del Norte, and Gila Rivers. December 16, 1847.

BRITTON, Nathaniel Lord. ROSE, Joseph Nelson. Opuntia cuija (Griffiths & Hare) Britton & Rose.Smithsonian Miscellaneous Collections 50: 529. 1908.

BRITTON, N. L. ROSE, J. N. The Cactaceae. Carnegie Inst. Washington Pub. 248. Vol. 2: 164-167. 1920.

MUNZ, PA. 1974. A flora of southern California. University of California Press, Berkeley. 1086 pp.

AMER J. Sci. Cereus giganteus Engelm. 2013, The Encyclopedia of CACTI.

ALCORN SL, MARTIN SC. Cereus giganteus Engelm, saguaro. 1974 In: Schopmeyer CS, tech. coord. Seeds of woody plants in the United States. Agric. Handbk. 450. Washington, DC: USDA Forest Service: 313–314

BARCELOS IB, et al. Análise fitoquímica e das atividades citotóxica, antioxidante, e antibacteriana das flores de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson. Revista fitos. 2017, vol.11, n.1, pp.1-118.

FRANCA IX, SOUZA JA, BAPTISTA RS, BRITTO. Virgínia Rossana de Sousa. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais. Reista Brasileira de Enfermagem. 2008, vol.61, n.2, pp.201-208. ISSN 0034-7167.

SILVEIRA, PF; BANDEIRA, Mary Anne Medeiros and ARRAIS, Paulo Sérgio Dourado. Farmacovigilância e reações adversas às plantas medicinais e fitoterápicos: uma realidade. Rev. Bras. Farmacogn. 2008, vol.18, n.4, pp.618-626. ISSN 0102-695X.

ASSIS, CS. Avaliação dos efeitos tóxicos in vitro e in vivo do extrato hidroetanólico dos frutos de Genipa americana L. (Rubiaceae) em camundongos Swiss. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2015.

RETI L. Cactus Alkaloids and Some Related Compounds, 1950, vol 6. Springer, Vienna.

DICKEL OE, AGUIAR RB, GERACITANO L, MONSERRAT JM, BARROS DM. Efeitos comportamentais e neurotóxicos do extrato aquoso de Brugmansia suaveolens em ratos. Rev. Bras. Farm., 91(4): 189-99, 2010.

WHO, WORLD HEALTH ORGANIZATION. MARINI-BETOLLO, G.B. Preliminary chemical screening of medicinal plants in field condiditions. Roma:DPM, 1980.

RODRIGUES CRF, DIAS JH, MELO RN, RICHTER MF, PICADA JN, FERRAZ ABF. 2009. Genotoxic and Antigenotoxic properties of Baccharis trimera in mice. Journal of Ethnopharmacology. 125: 97-101.

RADI PA, TERRONES MGH. 2007. Metabólitos secundários de plantas medicinais. Rev. Bras. Farm. 20(2):18-22.

TEIXEIRA LN, LIMA MA, SILVA MJM, CARVALHO LFM. 2012. Screening Fitoquímico E Avaliação Do Potencial De Captura Do Radical Dpph Pelos Extratos De Manilkara sapota L. VII CONNEP. IFTO.

NASCIMENTO JE, et. al. Estudo fitoquímico e bioensaio toxicológico frente a larvas de Artemia salina Leach. de três espécies medicinais do gênero Phyllanthus (Phyllanthaceae). Revista de Ciências Farmacêutica Básica e Aplicada, v. 29, n. 2, p. 145- 150, 2008.

IGARASHI, M.A. PUBVET, V. 2(31), ED. 42, ART. 386, 2008.

BRASIL. ANVISA. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria da SVS n. 519 de 26 de junho de 1998. Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de chás-plantas destinadas à preparação de infusões ou decocções. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 de jun., 1998.

RAJEH, M. A. B. et al. Acute toxicity impacts of Euphorbia hirta L extract on behavior, organs body weight index and histopathology of organs of the mice and Artemia salina. Pharmacognosy Research, v.4, n.3, p.170-177, 2012.

MEYER BM, FERRIGNI NR, PUTNAM JE, JACOBSEN LB, NICHOLS DE, MCLAUGHLIN JL. Brine shrimp: A convenient general bioassay for active plant constituents. Journal of Medical Plant Research, v. 45, n.1, p. 31-34, USA, 1982.

PEREIRA RJ, CARDOSO MG. Metabólitos secundários vegetais e benefícios antioxidantes. J. Biotec. Biodivers. v. 3, N.4: pp. 146-152, Nov. 2012.

SIMÕES CMO, SCHENKEL EP, GOSMAN G, MELLO JCP, MENTZ LA, PETROVICK PR. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Editora da UFSC, 1102p. Florianópolis. 2007.

AMORIM ELC, et al. Simple and accurate procedure for determination of tannin and flavonoid levels and some aplications in ethnobotany and ethnopharmacology. Functional Ecology, v.2, p. 88-94, 2008.

BHADRA K, et al. Therapeutic potential of nucleic acid-binding isoquinoline alkaloids: Binding aspects and implications for drug design. Medicinal Research Reviews, v.31, p. 821-862, 2011.

BRUHN JG, LUNDSTRÖM J. Alkaloids of carnegiea gigantea. Arizonine a new tetrahydroisoquinoline alkaloid. Lloydia. 1976 Jul-Aug;39(4):197-203.

SANTOS TC, TOMASSINI T.C.B, SANCHEZ E., CABRAL L.M 1996. Estudo da atividade antimicrobiana de Mikania glomerata Sprengel. XIV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil. Florianópolis, Brasil.

BARATTO L, et al. Investigação das atividades alelopáticas e antimicrobiana de Mikania laevigata (Asteraceae) obtida de cultivos hidropônico e tradicional. Rev. bras. farmacogn., v.18, n.4, p.577-582, 2008.

CUPERSMID L, FRAGA APR, ABREU ES, PEREIRA IRO. Linhaça: composição química e efeitos biológicos. eScientia. 2012; 5 (2): 33-40. ISSN: 1984-7688.

PEREIRA RJ, CARDOSO MG. Metabólitos secundários vegetais e benefícios antioxidantes. J Biotec Biodivers. 2012; 3 (4): 146-152. ISSN: 2179-4804.

ROCKENBACH II, SILVA GL, RODRIGUES E, KUSKOSKI EM, Fett R. Influência do solvente no conteúdo total de polifenóis, antocianinas e atividade antioxidante de extratos de bagaço de uva (Vitis vinifera) variedades Tannat e Ancelota. Ciênc Tecnol Aliment. 2008; 28 (Supl.): 238-244. ISSN: 0101-2061.

CARVALHO CA, MATTA SLP, MELO FCS, ANDRADE DCF, CARVALHO LM, NASCIMENTO PC, SILVA MB, ROSA MB. Cipó-cravo (Tynnanthus fasciculatusMiers – Bignoniaceae): estudo fitoquímico e toxicológico envolvendo Artemia salina. Rev. Eletrônica Farm. 2009; 6 (1): 51-57. ISSN: 1808-0804.

CUNHA Al, MOURA KS, BARBOSA JC, SANTOS AF. Os metabólitos secundários e sua importância para o organismo. Diversitas J. 2016; 1 (2): 175-181. ISSN: 2525-5215.

DUARTE JL, MOTA LJT, ALMEIDA SSMS. Análise fitoquímica das folhas de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson (Ipê Amarelo). Estação Científica UNIFAP. 2014; 4 (1): 33-43. ISSN: 2179-1902.

OLIVEIRA NT, ALMEIDA SSMS. Análise fitoquímica, citotóxica e antimicrobiana do extrato bruto etanólico das folhas da espécie Ambelania acida Aublet (Apocynaceae). Biota Amazôn. UNIFAP. 2016; 6 (1): 20-25. ISSN 2179-5746.

MONTEIRO JM, ALBUQUERQUE UO, ARAUJO EL. Taninos: uma abordagem da química à ecologia. Quím Nova. 2005; 28 (5): 892-896. ISSN: 0100-4042.

KAZEMIPOOR M, CORDELL GA, SARKER MR, RADZI CJWH, MAJID HAJIFARAJI M, KIAT PE. Alternative Treatments for Weight Loss: Safety/Risks and Effectiveness of Anti-Obesity Medicinal Plants, International Journal of Food Properties, 18:9, 1942-1963. 2015.

BAROSA, J., FERREIRA, A., FONSECA, B. e SOUZA, I. Teste de toxicidade de cobre para Artemia salina – Poluição e ecotoxicologia marinha, Nov. 2003.

CAVALCANTE, M. F.; OLIVEIRA, M. C. C.; VELANDIA, J. R.; ECHEVARRIA, A. Síntese de 1,3,5-triazinas substituídas e avaliação da toxicidade frente a Artemia salina leach. Química Nova, vol.23, n. 1. São Paulo,2001.

HARADA, T.N. Correlação entre os ensaios de citotoxicidade em Artemia salina Leach e atividade antineoplásica sobre linhagens de células tumorais para algumas classes de produtos naturais. 2009. 92 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2009.

BARBIERI E. Emprego de Poecilia vivipara (Cyprinodontiformes) e Artemia salina (Crustacea) para determinar a toxicidade aguda da água de produção de petróleo em Sergipe, Brasil. 2004. Biologia Geral e Experimental 5:26-29.

BEVILÁCQUA AV, SUFFREDINI IB, BERNARDI MM. 2008. Toxicidade de Neem, Azadirachta indica A. Juss. (Meliaceae), em Artemia SP: comparação da preparação comercial e do óleo puro. Revista Instituto Ciências Saúde 26: 157-160. 2008.

TUR CM, BORELLA J, PASTORINI LH. 2010. Alelopatia de extratos aquosos de Duranta repens sobre a germinação e o crescimento inicial de Lactuca sativa e Lycopersicum esculentum. Revista Biotemas 23: 13-22.

Downloads

Publicado

2019-08-01

Como Citar

Simioni Ferrari, A. L., Costa, K. A., Ferreira, V., Buliam, A. L., da Silva Pereira Calazans, R., da Silva Faria, G. D., & Salvi, J. de O. (2019). PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA E CITOTOXICIDADE AGUDA DAS FLORES DE Carnegiea gigantea (ENGELM) BRITTON & ROSE. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 6(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/2173

Edição

Seção

Artigos Originais Ciências Biológicas

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)