COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA COMO POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO EDUCACIONAL E INTERAÇÃO COM O AMBIENTE
Resumo
O trabalho docente na escola inclusiva, tem exigido dos professores novas estratégias e utilização de recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem os impedimentos para o acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com necessidades educacionais especiais, considerando suas especificidades. A presente pesquisa teve como objeto de estudo o estudante com paralisia cerebral e a comunicação alternativa e aumentativa. O cenário foi uma sala de recursos multifuncionais de uma escola da rede estadual de ensino do município de Campo Grande/MS. O objetivo foi oportunizar acessibilidade comunicacional ao estudante com paralisia cerebral a partir da criação de uma prancha de comunicação alternativa, utilizando o software Boardmaker. A pesquisa foi exploratória com abordagem qualitativa e como instrumento para coleta de dados utilizamos o estudo de caso e observação participativa. Contou com a participação da professora do atendimento educacional especializado e da mãe do estudante. A utilização da prancha de comunicação possibilitou que o estudante com paralisia cerebral manifeste seus desejos e necessidades, tornando-se socialmente capaz e participativo, servindo como ponte que amplia as chances para a comunicação verbal e/ou sua compreensão da mesma. A realização deste trabalho possibilitou destacar a importância que o software Boardmaker desempenha no desenvolvimento da comunicação e da linguagem do estudante pesquisado, bem como, proporcionou o uso das pranchas em todos os contextos que o referido vivencia dentro da escola ou na sociedade.
Referências
BRASIL. Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre a necessidades educativas especiais. Brasília. Ministério da Justiça/Secretaria Nacional de direitos humanos, 1994. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf, acesso em 5 mai. 2017.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
EMER, S. O. Inclusão escolar: formação docente para o uso das TICs aplicada como tecnologia assistiva na sala de recurso multifuncional e sala de aula. 2011. Dissertação Mestrado em Educação – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2011. Disponível em http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/36313. Acesso em 22 mai. 2017.
HUMMEL, E. I. Formação de Professores de Salas de Recursos Multifuncionais para o uso de Tecnologia Assistiva. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. 233 p. Marília. 2012. Disponível em https://www.marilia.unesp.br/Home/PosGraduacao/Educacao/Dissertacoes/hummel_ei_do_mar.pdf. Acesso em 12 mai. 2017.
BRASIL. Resolução CNE/CEB Nº 04 de 2 de outubro de 2009. Brasil. 2009b. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf’. Acesso em 17 abr. 2017.
BOBATH, B; BOBATH, K. Desenvolvimento Motor nos Diferentes Tipos de Paralisia Cerebral. São Paulo: Editora Manole, 1989, p.4.
ANDRADE, J. M. P. Paralisias cerebrais. Rio de Janeiro, 199. Disponível em: http://www.defnet.org.br. Acesso em 15 mai. 2017.
VALENTE, J. A. (Org.), Liberando a mente: computadores na educação especial. Campinas, UNICAMP, 1991, p.1.
VYGOTSKI, L. S. Obras Escogidas. V – Fundamentos de defectología. Trad. Julio Guillermo Blank. Madrid: Visor. 1997, p. 20.
BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas. Tecnologia Assistiva. – Brasília, CORDE, 2009, p.9.
MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para educação: recursos pedagógicos adaptados. In: Ensaios pedagógicos: construindo escolas inclusivas. Brasília: SEESP/MEC, 2005, p. 82.
SARTORETTO M. L. e BERSCH R. Assistiva, Tecnologia e Educação. 2017. Disponível em http://www.assistiva.com.br/index.html. Acesso em 25 mar. 2017.
GALVÃO FILHO, T. Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: Apropriação, Demandas e Perspectivas; Tese de Doutorado, Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2009, p.18. Disponível em
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/10563/1/Tese%20Teofilo%20Galvao.pdf Acesso em 8 jan. 2017.
BERSCH R. Recursos Pedagógicos Acessíveis. Tecnologia Assistiva (TA) e Processo de Avaliação nas Escolas. p. 2, 2013. Disponível em
http://www.assistiva.com.br/Recursos_Ped_Acessiveis_Avaliacao_ABR2013.pdf Acesso em 25 mar. 2017.
ZAPOROSZENKO E AGUIAR, Comunicação Alternativa e Paralisia Cerebral: Recursos Didáticos e de Expressão. Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Paraná. 2008, p. 6. Disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_ana_zaporoszenko.pdf. Acesso em 1jun. 2017.
CAPOVILLA, F. C., et al. Instrumento computadorizado para exploração de habilidades linguísticas e de comunicação simbólica em paralisia cerebral sem comprometimento cognitivo. I Encontro de Técnicas de Exame Psicológico: Ensino, Pesquisa e Aplicações. São Paulo, SP. p.8, 1994.
LÜDKE, M.; ANDRÈ, M. E.D.A. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, Brasília, 2007, p.11. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192. Acesso em 5 mai. 2017.
