MÚSICA PARA OS SUJEITOS SURDOS: EXPRESSIVIDADE E PARALINGUAGEM
Resumo
O artigo busca mostrar como a música é sentida pelos surdos. Inicia-serelatando a estranheza da autora,ouvinte,no princípio de seu contato com as pessoas surdas ao perceber o interesse deles pela música. Enfatiza que eles têm uma forma de apreciá-ladiferente daqueles que ouvem, necessitando do profissional tradutor/intérprete de língua de sinaispara compreender o objeto por ela abordado, utilizando-se de marcas não manuais para transmitir a expressividade inerente à música.Analisa-se quem é este profissional e a importância de seu trabalho para a inserção e participação do surdo na sociedade. Para exemplificar a diversidade de percepções da música por surdos e ouvintes, é mencionado o filme “A família Berlier”, mostrando a diferença da experiência de uma família em relação à música, sendo que três de seus membros são surdos e um ouvinte.Referências
BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 3.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.
HAGUIARA-CERVELLINI, Nadir da Glória. A musicalidade do Surdo: representação e estigma. São Paulo: Fecho Editora 2003.
LEINING, Clotilde Espínola. A música e a ciência se encontram: um estudo integrado entre a música, a ciência e a musicoterapia. Curitiba: Juruá Editora, 2009.
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MONTEZUMA, Marcos. Aprendendo a ouvir música clássica. Fortaleza, Expressão Gráfica e Editora LTDA, 2005, p. 93-5.
BRASIL. Decreto nº. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em 21 de janeiro de 2017.
PEREIRA, M.C.P. Interpretação interlíngue: As especificidades da interpretação de língua de sinais. Cadernos de Tradução XXI, Vol. 1, p. 135-156. Florianópo¬lis: UFSC, PGET, 2008.
BRASIL. Lei nº. 12.319, de 1º. de setembro de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12319.htm. Acessoem 22 de janeiro de 2017.
WILCOX, S.;SHAFFER, B. Towards a cognitive model of interpreting. In: Topics in Signed Language Interpreting: theory and practice, Amsterdam, Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2005.
QUADROS, Ronice Muller de; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua brasileira de sinais: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
OLIVEIRA,HilkiaCibelle da Cruz. O desenvolvimento do sujeito surdo a partir da música. Revista Virtual de cultura surda.Edição Nº 14 / Setembro de 2014. Ed.Arara Azul.
http://editora-arara-azul.com.br/portal/index.php/revista/edicoes-revista/edicao-14. Acesso em 21 de janeiro de 2017.
BALLY, Charles. El linguaje y la vida. Buenos Aires: Losada, 1951.
GUIRAUD, P. A estilística. São Paulo: Editora MestreJou, 1970.
FELIPE, TanyaA. O discurso verbo-visual na língua brasileira de sinais – Libras. In: Bakhtiniana. São Paulo, 8 (2): UPE, 2013.
ROY, C. B. Interpreting as a Discourse Process. New York: Oxford University Press, 2000.