PEQUENAS BANDAS, GRANDES NEGÓCIOS: UM ESTUDO DE CASO DA BANDA LYRIA E SUAS INCURSÕES NO EMPREENDEDORISMO NA MÚSICA INDEPENDENTE

Autores/as

  • Julia Nascimento Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
  • Leonardo De Marchi Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Palabras clave:

Música independente, Fintech 3.0, Redes digitais

Resumen

A ideologia neoliberal tem se espalhado por diferentes setores da economia, inclusive na indústria de música. Nos últimos anos, o mercado da música tem passado pelo fenômeno da financeirização de sua economia. Isso significa dizer que artistas se tornam empreendedores de si e o fã passa a ser visto como um stakeholder, no limite, um investidor. Na medida em que a produção musical sai das gravadoras e se atomiza, os próprios artistas têm de assumir a responsabilidade por viabilizar suas carreiras e, para tanto, buscam apoio em novas tecnologias financeiras, ou a fintech 3.0. Neste artigo, apresentamos um estudo de caso da banda Lyria, do Rio de Janeiro, com objetivo de descrever o processo de como essa banda passou a financiar sua carreira por meio do crowdfunding, permitindo que os fãs sejam os responsáveis financeiramente por seus lançamentos e até mesmo, sugerir qual músicas serão trabalhadas. Nas considerações finais discute-se como a financeirização da economia da música sobrecarrega o trabalho do artista independente, que além de ser criativo, precisa executar multifunções.

Biografía del autor/a

Julia Nascimento, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Julia Carolina do Nascimento Santos, também conhecida como Julia Ourique, é estudante de Mestrado em Comunicação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), possui Especialização em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação, no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e é Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida (UVA). Atualmente atua como assessora de imprensa, com experiência em estratégia de comunicação para músicos e bandas. Suas áreas de estudo consiste em Comunicação e Cultura, com ênfase em feminismo, música e cinema.

Leonardo De Marchi, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Professor Adjunto da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ). Membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCom-UERJ). Bacharel em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em Comunicação Social pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF. Doutor em Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ). Realizou uma pesquisa de Pós-Doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Seus livros e artigos científicos abordam temas como: indústria da música, indústria audiovisual digital, economia criativa, diversidade cultural, políticas culturais, financeirização da vida cotidiana, mercado financeiro e tecnologias da informação.

Citas

Referências Bibliográficas

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Monografias/Dissertações/Teses:

DE MARCHI, Leonardo. Transformações estruturais da indústria fonográfica no Brasil 1999-2009: desestruturação do mercado de discos, novas mediações do comércio de fonogramas digitais e consequências para a diversidade cultural no mercado de música. 2011. 289 f. Tese (doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Rio de Janeiro: RJ.

Publicado

2021-12-01

Cómo citar

Nascimento, J., & De Marchi, L. (2021). PEQUENAS BANDAS, GRANDES NEGÓCIOS: UM ESTUDO DE CASO DA BANDA LYRIA E SUAS INCURSÕES NO EMPREENDEDORISMO NA MÚSICA INDEPENDENTE. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 10(2). Recuperado a partir de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/5221

Número

Sección

Dossiê - Esse tal de Roque Enrow