A COTA É POUCA E O CORTE É FUNDO: ANALISANDO O VIDEOCLIPE PRA QUE ME CHAMAS? DE XÊNIA FRANÇA PELO CANDOMBLÉ, CULTURA IORUBA E MULHERISMO AFRICANA
Palabras clave:
Xênia França; candomblé; Mulherismo Africana; midiatização da religião; epistemologias de terreiroResumen
O artigo pretende analisar o videoclipe Pra que me chamas? (2017) da artista Xênia França, através de epistemologias negras, tais quais os saberes do candomblé, passando pela cultura ioruba e o Mulherismo Africana. Integrando um histórico de midiatização da religião, dentro da cultura expressiva negra, a obra apresenta possibilidades interpretativas que podem sugerir outros olhares diante da separação cartesiana entre sagrado e profano, assim como mente e corpo. Dessa forma, abre possibilidades de uso de ferramentas metodológicas frente ao epistemicídio negro e racismo religioso.
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