A COTA É POUCA E O CORTE É FUNDO: ANALISANDO O VIDEOCLIPE PRA QUE ME CHAMAS? DE XÊNIA FRANÇA PELO CANDOMBLÉ, CULTURA IORUBA E MULHERISMO AFRICANA

Autores

  • Rafael Pinto Ferreira de Queiroz UFPE

Palavras-chave:

Xênia França; candomblé; Mulherismo Africana; midiatização da religião; epistemologias de terreiro

Resumo

O artigo pretende analisar o videoclipe Pra que me chamas? (2017) da artista Xênia França, através de epistemologias negras, tais quais os saberes do candomblé, passando pela cultura ioruba e o Mulherismo Africana. Integrando um histórico de midiatização da religião, dentro da cultura expressiva negra, a obra apresenta possibilidades interpretativas que podem sugerir outros olhares diante da separação cartesiana entre sagrado e profano, assim como mente e corpo. Dessa forma, abre possibilidades de uso de ferramentas metodológicas frente ao epistemicídio negro e racismo religioso.

Referências

AYOH'OMIDIRE, Felix. Akogbadun: abc da língua, cultura e civilização iorubanas. Salvador: EDUFBA, 2003.
BERNARDO, Teresinha. O candomblé e o poder feminino. Revista de Estudos da Religião, São Paulo: Puc, n. 2, ano 5, 2005, p. 1-21.
DOVE, Nah. Mulherisma Africana: uma teoria afrocêntrica. Jornal de Estudos Negros, v. 28, n. 5, p. 515-539, maio 1998.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008
FARLEY, Anthony Paul. The black body as fetish object. Oregon Law Review, 76(3), 457–535. 1997
FLOYD JR., Samuel A. The power of Black music: interpreting its history from Africa to the United States. New York: Oxford University Press, 1995.
GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Ed. 34; Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003
MARTINO, L. M. S. Midiatização da religião e Estudos Culturais: uma leitura de Stuart Hall. Matrizes, v. 10, nº 3, 2016, São Paulo, p. 143-156.
MBEMBE, Achille. Necropolítica: Biopoder, soberania, estado de exceção, política da
morte. São Paulo: n-1, 2018.
NJERI, Aza; RIBEIRO, Katiúscia. Mulherismo Africana: práticas na diáspora brasileira. Currículo sem Fronteiras, v. 19, n. 2, p. 595-608, maio/ago. 2019.
ROSA, Laila. “No terreiro predomina mais a mulher, porque a mulher tem mais carisma”: Música, gênero, raça, sexualidade e cotidiano no culto da Jurema (Olinda, PE). Fazendo Gênero 9: Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, 2010. Disponível em: http://www.fg2010.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1277991896_ARQUIVO_Noterreiropredominamaisamulher.pdf. Acesso em: 08/12/2020.
SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nagô e a morte. Petrópolis: Vozes, 2008.
SANTOS, Jaqueline Sant'Anna Martins dos. “Mulheres de santo”: gênero e liderança feminina no candomblé. Revista Nganhu, Rio de Janeiro, vol. 1, n. 1, 2018, pp. 47-58.
VIOLA, Kamille. “'Estou curando minhas feridas acessando a minha história', diz Xenia França”. Uol Urban Taste. São Paulo, 09/11/2018. Disponível em: <https://rioadentro.blogosfera.uol.com.br/2018/11/09/estou-curando-minhas-feridas-acessando-a-minha-historia-diz-xenia-franca/>. Acesso em: 11/05/2020
X, Malcolm. “Quem te ensinou a odiar a si mesmo”. Revista Subjetiva, 24/10/2017. Disponível em: <https://medium.com/revista-subjetiva/quem-te-ensinou-a-odiar-a-si-mesmo-de-malcolm-x-58c3c837ff7a>. Acesso em: 29/04/2020.

Downloads

Publicado

2021-07-08

Como Citar

Pinto Ferreira de Queiroz, R. (2021). A COTA É POUCA E O CORTE É FUNDO: ANALISANDO O VIDEOCLIPE PRA QUE ME CHAMAS? DE XÊNIA FRANÇA PELO CANDOMBLÉ, CULTURA IORUBA E MULHERISMO AFRICANA. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 10(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/4508

Edição

Seção

Dossiê - Mídia, religião e religiosidade na era da digitalização