#MYGAMEMYNAME: GÊNERO, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA NO DISCURSO DE MULHERES GAMERS

Autores

  • Graciele Urrutia Dias Silveira UFPel
  • Virginia Barbosa Lucena Caetano

Palavras-chave:

Discurso; Violência; Gênero: Resistência

Resumo

A partir da análise de uma postagem publicada no site de rede social Facebook, vinculada à campanha #MyGameMyName, buscamos, no presente artigo, compreender como se dá o processo de subjetivação de mulheres gamers. Para atender a esse propósito, nos ancoramos teoricamente na Análise de Discurso pêcheuxtiana. Considerando a análise da materialidade significante, podemos perceber que o processo de subjetivação dessas mulheres se dá atravessado por uma negação, a negação das evidências produzidas pela Formação Discursiva dominante sobre qual deve ser o lugar das mulheres no universo gamer. Esse processo discursivo apontou para o funcionamento da violência simbólica nos ambientes virtuais que se constitui pelo silenciamento das vozes femininas e deslegitimação de seu discurso.

Referências

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Publicado

2020-09-16

Como Citar

Urrutia Dias Silveira, G. ., & Barbosa Lucena Caetano, V. (2020). #MYGAMEMYNAME: GÊNERO, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA NO DISCURSO DE MULHERES GAMERS: . TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 9(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/3875

Edição

Seção

Dossiê - Potências políticas do pop: gênero e ativismo na cultura pop