NARCOTRÁFICO NA TELA: FICÇÕES SERIADAS BRASILEIRAS E A MARGINALIDADE REPRESENTADA

Autores

  • Rafael Sbeghen Hoff Universidade Federal do Amazonas / Professor

Palavras-chave:

audiovisual; ficção; séries; seriados; representação.

Resumo

O presente ensaio discute a representação do narcotráfico e as estratégias narrativas de duas obras audiovisuais seriadas ficcionais brasileiras: Irmandade (Pedro Morelli, 2018) veiculada pelo canal por assinatura Fox Premium e Impuros (Alexandre Fraga, 2019), veiculada pelo sistema de streaming Netflix. Este estudo explora sobretudo os conceitos de série e seriado, apontando para elementos narrativos e de linguagem audiovisual empregados nas obras e discorre sobre representações étnicas da marginalidade e do narcotráfico, fazendo uso da análise de sentidos, análise de conteúdo e análise fílmica (PENAFRIA, 2010). Finalmente, o artigo reforça pontos contextuais que favorecem a produção audiovisual seriada, sugerindo um incremento mercadológico a partir desse tipo de obra e, ao mesmo tempo, questiona os enquadramentos e estereotipações sobre a negritude brasileira nas duas obras ficcionais.

Referências

ARAÚJO, Willian Fernandes; MAGALHÃES, João Carlos. Eu, eu mesmo e o algoritmo: como usuários do Twitter falam sobre o “algoritmo” para performar a si mesmos. In Anais da Compós, Jun/2018. Disponível em http://www.compos.org.br/data/arquivos_2018/trabalhos_arquivo_0UTVQBQ76VDU93C71N1A_27_6864_26_02_2018_13_27_22.pdf , consultado em 28/08/2019.
BAHIA, Lia; AMANCIO, Tunico. Notas sobre a emergência de um novo cenário audiovisual no Brasil nos anos 2000. In revista Contracampo. n.21 Niterói, 2010. Disponível em http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista/article/view/41/44 consultado em 23/03/2018.
BALOGH, Anna Maria. O discurso ficcional na TV: sedução e sonho em doses home¬opáticas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002.
BONTEMPI, Ana Carolina; STRELHOW, Miriam Raquel Wachholz. Seriados televisivos: do entretenimento à mais nova de telefilia contemporânea. In Anais do Convenit Internacional 30 (Convenit Internacional coepta 1). mai-ago 2019. Cemoroc-Feusp / IJI - Univ. do Porto / Colégio Luterano São Paulo. Disponível em http://www.hottopos.com/convenit30/123-138Bontempi.pdf.
BRETT, Martin. Homens difíceis: os bastidores do processo criativo de Breacking Bad, Família Soprano, Mad Men e outras séries revolucionárias. São Paulo: Aleph, 2014.
DANTAS, Sílvia Góis. As séries televisivas no contexto da ficção nacional: uma aproximação. In revista Vozes&Diálogos, v.14, n.02. Itajaí: 2015. Disponível em https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/vd/article/view/7356 , consultada em 20/12/2019.
GERBASE, Carlos. A elipse como estratégia narrativa nos seriados de TV. In revista Significação, v.41, n.41. São Paulo: 2014. Disponível em http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/83420.
JAGUARIBE, Beatriz. O choque do real: estética, mídia e cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
___. Ficções do real: notas sobre as estéticas do realismo e pedagogias do olhar na América Latina contemporânea. P. 6 – 14. In revista Ciberlegenda, Nov/2010. Disponível em http://www.uff.br/ciberlegenda/ojs/index.php/revista/article/viewFile/148/43 . Consultado em 16/08/2015.
JOST, François. Do que as séries americanas são sintoma? Porto Alegre: Sulina, 2012.
KILPP, Suzana; FISCHER, Gustavo Dadaut; LADEIRA, João Martins; MONTAÑO, Sonia. Tecnocultura audiovisual: temas metodologias e questões de pesquisa. Porto Alegre: Sulina, 2015.
MONTAÑO, Sonia. Plataformas de vídeo: apontamentos para uma ecologia do audiovisual da web na contemporaneidade. Porto Alegre: Sulina, 2015.
PALLOTTINI, Renata. Dramaturgia de televisão. São Paulo: SP, Moderna, 2012.
PENAFRIA, Manuela. Análise de filmes – conceitos e metodologia(s). Artigo apresentado ao VI Congresso SOPCOM, Lisboa – PT, Abril de 2009. Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/bocc-penafria-analise.pdf . Consultado em 27/04/2017.
ROSSINI, Miriam de Sousa; RENNER, Aline Gabrielle. Nova cultura visual? Netflix e a mudança no processo de produção, distribuição e consumo do audiovisual. Anais do XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Disponível em http://hdl.handle.net/10183/129873 , consultado em 22/03/2018.
SACCOMORI, Camila. Novos hábitos de consumo do produto audiovisual online. Disponível em blog.consumoemrede.com.br.
SILVA, Anderson Lopes da. A prática do binge-watching nas séries exibidas em streaming: sobre os novos modos de consumo da ficção seriada. Anais do Comunicom, São Paulo, 2015. Disponível em anais-comunicon2015.espm.br/GTs/GT2/9_GT02-LOPES%20_SILVA.pdf , consultado em 22/03/2018.
SILVA, M. V. B. Cultura das séries: forma, contexto e consumo de ficção seriada na contemporaneidade. In revista Galaxia (Online). n. 27, p. 241-252. São Paulo: 2014. Disponível em https://revistas.pucsp.br/galaxia/article/download/15810/14556 .
SOUZA, José Carlos Aronchi de. Gêneros e formatos na televisão brasileira. São Paulo: Summus Editorial, 2004.

Downloads

Publicado

2020-04-21

Como Citar

Sbeghen Hoff, R. (2020). NARCOTRÁFICO NA TELA: FICÇÕES SERIADAS BRASILEIRAS E A MARGINALIDADE REPRESENTADA. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 9(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/3211

Edição

Seção

Dossiê - A nova Era Dourada da Televisão: as séries contemporâneas