UMA BREVE (E RECENTE) HISTÓRIA ECONÔMICA DO ACRE
Resumen
Nesse texto, através do diálogo com pesquisadores como Paula (2003), Maia (2009), Porfírio da Silva (2009), Homma (2005) entre outros, busca-se apresentar uma narrativa da recente história econômica do Estado do Acre, com destaque para as políticas públicas implementadas a partir de 1999 que, segundo seus formuladores, visava à indução de um “novo modelo de desenvolvimento". A proposta, de forma virtuosa, faria a união entre as agendas ambiental, social e econômica. A saída para o Acre se desenvolver estaria, segundo o que se anunciou, no "aproveitamento da única vantagem comparativa" que o Estado possuía: a floresta. Destaca-se no texto como o Governo adaptou e reproduziu, na política pública local, o discurso formatado no exterior do “desenvolvimento sustentável”.
Citas
ACRE. Governo do Estado do Acre. Frente Popular do Acre: Plano de Governo. A vida vai melhorar (versão preliminar). Rio Branco, Frente Popular do Acre, 1998.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Acre certificado: o setor florestal contribuindo para tornar o Acre, o melhor lugar para se viver na Amazônia Brasileira. Rio Branco, junho de 2009.
ACRE, Governo do Estado. Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre. Documento Síntese da Fase II. Rio Branco: Secretaria do Meio Ambiente do Acre-SEMA, 2010.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Desenvolver e servir – Plano Plurianual 2012-2015. Rio Branco, 2011.
CAMELY, N. C. A Geopolítica do ambientalismo ongueiro na Amazônia brasileira: um estudo sobre o Estado do Acre. Tese (Doutorado em Geografia). Rio de Janeiro: UFF, 2009.
CASTELO, Carlos E. F. Experiências de seringueiros de Xapuri no estado do Acre e outras histórias. Tese (Doutorado em História Social) São Paulo: USP, 2014.
_________. O Extrativismo da Castanha do Brasil no Estado do Acre. Monografia (Graduação em Economia). UFAC/Dep. de Economia, Rio Branco, 1991.
ANTONI, Giorgio de. O Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7) e a Globalização da Amazônia. Ambiente e Sociedade. Campinas. v. XIII, n. 2. p. 299-313. jul-dez 2010.
EL KHALILI, Amyra, O Que São Créditos de Carbono? Disponível em <http://saf.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/10.pdf>. Acesso em junho 2019.
FIEAC. Indicadores Industriais do Acre. Rio Branco, 2007.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: La Colonialidad del saber: Eurocentrismo y Ciencias Sociales. Perspectivas Latinoamericanas. Edgardo Lander [org]. Caracas: Clacso, 2000
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HOMMA, A.K.O. Amazônia: como aproveitar os benefícios da destruição? Estudos Avançados, São Paulo, v.54, n.19, p.115-135, mai./ago, 2005.
HOMMA, Alfredo K. O, Ciencia e tecnologia para o desenvolvimento rural da Amazônia. Parcerias Estratégicas. Brasilia-DF. v.17. n 34. p-107-130. 2012.
MAIA, J. S. da. A florestania, o desenvolvimento (in)sustentável e as novas fronteiras da sociodiversidade no vale do Rio Acre na virada do século XX: o caso dos trabalhadores extrativistas. Tese (Doutorado em História). UFRGS, Porto Alegre, 2009.
NORA, Pierre. “Entre memória e história: a problemática dos lugares”. In: Projeto História. São Paulo, nº 10, p. 7-28, dez. 1993.
PAULA, Elder Andrade de. Estado e desenvolvimento insustentável na Amazônia Ocidental: dos missionários do progresso aos mercadores da natureza. Rio de Janeiro: UFRRJ/CPDA, 2003.
_________. Seringueiros e Sindicatos: um povo da floresta em busca de liberdade. Rio de Janeiro: UFRR/CPDA, 1991.
_________. O Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais e a Luta Pela Terra no Acre: conquistas e retrocessos. Revista Nera, ano 7, n. 5 – Agosto/Dezembro de 2004.
PAULA, Elder Andrade de; SILVA, Silvio Simione da (orgs.). Trajetória das lutas camponesas na Amazônia acreana. Rio Branco: EDUFAC, 2006.
REGO, J. F. A viabilidade de um novo extrativismo. UFAC/ASPF, 1997.
SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula (org.). Epistemologias do Sul. Edições Almedina, 2009.
SCHMIDLEHNER, Michael F. “Os desdobramentos do capitalismo de desastre no Acre - a adicionalidade do medo”. In: Contra Corrente: territórios de disputa. Rede Brasil, número 5, outubro de 2012.
SCHMINK, M et. al. Acompanhamento para o Manejo Florestal Comunitário no Projeto Cachoeira, Acre, Amazônia, Brasil. Cifor & Imazon, 2007.
SILVA, J. Porfirio da (Coord.). Arranjos Produtivos Locais no estado do Acre: mapeamento, metodologia de identificação e critérios de seleção para política de apoio. In: Projeto de Pesquisa (BNDES/FUNPEC): Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste. Nota Técnica 02. Rio de Janeiro: BNDES: RedeSist, 2009.
SILVA, Alberto Teixeira da. Governança global na Amazônia: O programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil. Novos Cadernos NAEA, v.14, n.2, p-219-236, 2011.
SILVA, Sheila Maria Palza. Políticas Públicas e Ambientalismo no Agroamazônico: um estudo de caso do Acre (1999-2010). Tese (Doutorado em Ciências). Rio de Janeiro: UFRRJ, 2012.
_________. Amazônia: do extrativismo ao neo-extrativismo. Ciência Hoje. v. 25, n. 147, p. 62-65, 1999.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Transferência de direitos autorais:
Declaro que após aprovado para publicação a Revista Tropos editada pela Universidade Federal do Acre (UFAC), passará a ter os direitos autorais do trabalho, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo permitida a reprodução total ou parcial desde que devidamente referenciada.