A RELAÇÃO ENTRE LÍNGUA, NAÇÃO E IDENTIDADE NO CANDOMBLÉ ACREANO
Abstract
O trabalho em questão tem como objetivo fazer uma análise da relação existente entre língua e nação no candomblé brasileiro, tendo como subsídio teórico-metodológico a pesquisa de Parés (2006), sobre a nação Jeje Mahi na Bahia, e a discussão de Barth (2011), sobre fronteiras étnicas na formação das identidades étnicas. Segundo o primeiro autor, as nações criadas no Brasil eram delimitadas por critérios subjetivos e que tinham como elemento definidor de fronteiras étnicas – estendendo-se também como elemento definidor de identidades étnicas – as línguas maternas dos negros africanos. A partir da delimitação do conceito de nação e de fronteiras/identidades étnicas, fizemos uma discussão sobre a origem das nações candomblecistas que se desenvolveram na cidade de Rio Branco, capital do estado Acre, e como língua e nação se inter-relacionam para marcar identidade(s) no candomblé deste território.
References
BASTIDE, R. Religiões africanas e estruturas de civilização, 1958. Disponível em www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia_n6_7_p5.pdf. Acessado no dia 27/12/2011.
______. O candomblé da Bahia: rito nagô. Tradução de Maria Isaura Pereira de Queiroz e revisão técnica de Reginaldo Prandi. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
BARTH, F. Grupos étnicos e suas fronteiras. In. POUTIGNAT, P. & STREIFF-FENART, J. Teorias da Etnicidade. Tradução de Elcio Fernandes. São Paulo: Editora da Unesp, 2011.
BURKE, P. A Arte da Conversação. Tradução de Álvaro Luiz Hattnher. São Paulo: Edunesp, 1995.
CASTRO, Y. P. Das línguas africanas ao português brasileiro. Afro-Asia 14, p. 81-104, 1983.
CAPONE, S. A busca da África no candomblé: tradição e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2009.
CARNEIRO, E. Candomblés da Bahia com 14 desenhos de Carybé. 2ª ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editorial Andes, 1948.
CASTILLO, L. E. Entre a oralidade e a escrita: a etnografia nos candomblés da Bahia. Salvador: Edufba, 2010.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
LUCCHESI, D. Africanos, crioulos e a língua portuguesa. Disponível em www.coresmarcasefalas.pro.br/adm/anexos/10122008232732.pdf/Acessado no dia 27/12/2011
LUCCHESI, D., BAXTER, A. & RIBEIRO, I (Org.). O português afro-brasileiro. Salvador: Edufba, 2009.
PARÉS, L. N. A formação do candomblé: história e ritual da nação Jeje na Bahia. Campinas: Editora da Unicamp, 2006.
PÓVOAS, R. C. A linguagem do candomblé: níveis sociolingüísticos de integração afro-portuguesa. Rio de Janeiro. José Olympio, 1989.
PRANDI, R. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
SANTOS, J. E. Os nagô e a morte. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1975.
VALLADO, A. Lei do santo: poder e conflito no candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2010.
VERGER, P. Orixás. Salvador: Corrupio, 1981.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Transferência de direitos autorais:
Declaro que após aprovado para publicação a Revista Tropos editada pela Universidade Federal do Acre (UFAC), passará a ter os direitos autorais do trabalho, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo permitida a reprodução total ou parcial desde que devidamente referenciada.