TAINÁ: A REENCENAÇÃO DE ESTEREÓTIPOS NA NARRATIVA DO DESCOBRIMENTO
Abstract
O objetivo do artigo foi analisar a narrativa construída em torno da identidade étnica do indígena brasileiro representada por Tainá no filme homólogo à personagem principal. Para tal objetivo, articulamos os conceitos de representação e estereótipo, formulado por Stuart Hall (2016) e de etnocentrismo por Rocha (1988), por meio da metodologia de crítica diagnóstica do culturalista Douglas Kellner (2001). Aliado às ideias desses pensadores, percebemos como necessário estabelecer relações com a narrativa do descobrimento de Daiana Taylor (2013), cuja principal discussão envolve o etnocentrismo enraizado nas sociedades do contato. Por fim, discutimos se a produção fílmica tem sido usada para a superação de equívocos e preconceitos, subjacentes à sociedade brasileira ou para a manutenção da figura mítica atrelada às populações autóctones nacionais, desconsiderando as mudanças e modo de vida dos povos indígenas no país na contemporaneidade.
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