LEI E ORDEM: UNIDADE DE VÍTIMAS ESPECIAIS E REGIMES DE VISIBILIDADE ACERCA DO ESTUPRO NA CULTURA POP
Palavras-chave:
crítica feminista, estupro, regimes de visibilidade, SVU, Mariska Hargitay, Eu sou a evidênciaResumo
Neste artigo, busco refletir acerca do lugar político ocupado pelo produto seriado Lei e ordem: unidade de vítimas especiais no enquadramento do estupro a partir da produção de regimes de visibilidade, acionando o próprio seriado e outros discursos que ele enseja, a partir da abordagem da crítica feminista (LAURETIS, 1984) sobre as condições de possibilidade das mulheres no audiovisual. Para tal, interpelo uma estratégia narrativa do seriado, a figura da revelação do estupro; e uma das estratégias temáticas do seriado, o ripped from the headlines/direto das manchetes. Além disso, posiciono SVU em diálogo com um contexto discursivo incitado pelo seriado durante as décadas em que está no ar, mais notadamente a partir de sua protagonista, Mariska Hargitay, que implica em uma posição política do/a partir do/com o seriado. Essas estratégias produzem uma pedagogia acerca do tema, assim como ressaltam a relevância do testemunho para as sobreviventes. Ao mesmo tempo, colocam a série em uma posição instável em relação à politização do prazer (ANG, 1985), às pautas feministas e ao entretenimento.
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