PENNY DREADFUL: ENTRE OUTSIDERS E MONSTROS PÓS-MODERNOS
Palavras-chave:
Penny dreadful; new horror; seriado de televisão; monstros humanizados; outsiders.Resumo
A série de televisão anglo-americana Penny Dreadful (2014 - 2016), produzida pelo canal Showtime, é um exemplo de adaptação televisiva que promove uma releitura dos textos-fonte nos quais são baseados. Além disso, Penny Dreadful materializa na ficção seriada televisiva uma tendência contemporânea nas produções audiovisuais denominadas de new horror, que retrata o lado humano dos personagens monstruosos (ROAS, 2012), (LLOBERA, 2015), compreendidos como uma metáfora dos monstros que cada indivíduo pode ter dentro de si. Nesse contexto, apontaremos para uma leitura de alguns personagens caracterizados como monstruosos (JEHA, 2007) e transgressores (BOTTING, 1996), cujas ações desviantes os incluem também na categoria de outsiders, como proposta por Howard Becker (2008) no seu estudo sobre a sociologia do desvio.
Referências
BALOGH, Anna Maria. Intertextualidade e ficção na TV. In:______. O discurso ficcional na TV: sedução e sonho em doses homeopáticas. São Paulo: Ed. USP, 2002.
BECKER, Howard S. 2008 [1963]. Outsiders. Estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Zahar.
BOTTING, Fred. Gothic. London and New York: Routledge, 1996.
CHEVALIER, Jean. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 12. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1998.
DAVINO, Vanessa. Penny Dreadful: Rastros de clássicos góticos em palimpsesto televisivo de horror. BABEL: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras – n.07, ago/dez de 2014.
FERNANDES, Auricélio Soares; MAGALHÃES, Luiz Antonio Mousinho. Penny Dreadful: um pastiche gótico. In: Revista Todas as Musas. Ano 09. Número 02 Jan – Jun.2018. Disponível em: <https://www.todasasmusas.org/18Auricelio_Soares.pdf>. Acesso em 14 de dezembro de 2019.
FLANDERS, JUDITH. The Victorian city: everyday life in Dickens´ London. London: Thomas Dunne Books, 2012.
FOUCAULT, Michel. Nós, os vitorianos. In: ________. História da sexualidade I: a vontade do saber. Tradução Maria Thereza da Costa Albuquerque e J.A. Guilhon Albuquerque. 13ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
GAGLIARDI, Lucas. El espejo de Pandora: identidad y monstruosidad en Penny Dreadful. Brumal - Revista de investigación sobre lo Fantástico, v. 4, n. 1. Barcelona: Universidad Autónoma de Barcelona, 2016, p. 35-56. Disponível em: <http://revistes.uab.cat/brumal/article/view/v4-n1-gagliardi/278> (Acessado em 12/02/2018).
GOSLING, Sharon (2015). The art and making of Penny dreadful. Londres: Titan Books.
HADDOCK-LOBO, Rafael. Da existência ao infinito: Ensaios sobre Emmanuel Lévinas. São Paulo: Loyola, 2006.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva & Guaciara Lopes Louro. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.
HUTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. Tradução de André Cechinel. 2ª ed. Florianópolis: Editora UFSC, 2013.
JEHA, Júlio (Org.) (2007). Monstros e monstruosidades na literatura. Belo Horizonte: UFMG.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. Tradução de Maria Celeste da Costa e Souza e Almir de Oliveira Aguiar. São Paulo: Nacional, 1976.
LLOBERA, Patricia (2015). Todos los monstruos son humanos: el imaginario cultural y la creación de bestiarios contemporáneos en American Horror Story. Brumal – Revista de Investigación sobre lo Fantástico, 3(2), 69-88. In http://revistes. tuab.cat/brumal/article/view/V3-n2-llobera/pdf_10. Acesso em 06. Jan.2018
LÉVINAS, Emmanuel. O humanismo do outro homem. 3ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2009.
LUCENA, Jorge Martínez; BARRAYCOA, Javier. Narciso en el espejo. La despersonali¬zación de la cultura. Barcelona: Scire, 2010.
ROAS, David. Mutaciones posmodernas: del vampiro depredador a la naturalización del monstruo. Letras & Letras, Uberlândia, 28(2), 441-455. In:<http:// www.seer.ufu.br/index.php/letraseletras/issue/view/1096.> Acesso em 09. Jan.2018.
LOVECRAFT. H.P. O horror sobrenatural em literatura. Trad. Celso M. Paciornik.
São Paulo: Iluminuras, 2007.
PENNY DREADFUL (2014). Produção de Desert Wolf Productions e Neal Street Productions, criação de John Logan. Estados Unidos: Showtime.
PENNY DREADFUL (2015). Produção de Desert Wolf Productions e Neal Street Productions, criação de John Logan. Estados Unidos: Showtime.
SOUSA, Mariana Ramos Vieira de. O fascínio do desvio – horror moderno e suas mulheres monstruosas. Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXVIII - Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação– Rio de Janeiro, RJ – 4 a 7/9/2015 (Anais). Disponível em: <http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-3145-1.pdf>. Acesso em 15 de abril de 2019.
STAM, Robert. Teoria e prática da adaptação: da fidelidade à intertextualidade. In: Ilha
do Desterro, Florianópolis, nº51, p. 019-053, jul./dez. 2006.
___________. A literatura através do cinema: realismo, magia e a arte da adaptação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
TAVARES, Enéias Farias; MATANGRANO, Bruno Anselmi. A humanização do monstro no seriado televisivo Penny dreadful. Revista Abusões, Rio de Janeiro, n. 02 v. 02, ano 02, 2016.
WILDE, Oscar. A alma do homem sob o Socialismo. L&PM Pocket. Porto Alegre, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Transferência de direitos autorais:
Declaro que após aprovado para publicação a Revista Tropos editada pela Universidade Federal do Acre (UFAC), passará a ter os direitos autorais do trabalho, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo permitida a reprodução total ou parcial desde que devidamente referenciada.