(DE)MARCADOR TERRITORIAL- UM CONCEITO EM CONSTRUÇÃO: CONTATOS E NOVAS PRÁTICAS CULTURAIS NO POVO ORO WARAN
Resumo
Esse texto trata do contato entre indígenas e a cultura da mulher/homem branco, onde houve processos de violência, apagamento e hibridização cultural, assim sendo, foi necessário trazer à luz as discussões teóricas e práticas a respeito de uma transmutação cultural, um apagamento e/ou modificação na cultura indígena pelos elementos culturais da mulher/homem branco, em destaque, a Igreja. Nessa acepção, objetivamos em delinear a transmutação e/ou metamorfose de um demarcador territorial para um (de) marcador com o interesse de construir seu conceito para, que, desse modo, compreendamos e identifiquemos tais mudanças culturais decorridas no seio do povo Oro Waran de Rondônia. Para isso, utilizaremos para pavimentar nosso caminho as análises teórico-metodológicas de Silva (2015), autor que ancora sua análise na fenomenologia e na Geografia Cultural trazendo o conceito de marcador territorial e suas aplicações no povo indígena; de Mikhail Bakhtin trazemos as tessituras que se encontram dentro das enunciações, o caráter ideológico inseridos nas palavras, assim como, os interesses que tais enunciações e/ou discursos que cada ser carrega mediante as suas vivências sociespaciais, e já numa acepção foucaultiana, para assim observarmos o jogo de defesa e constituição de um discurso cultural frente ao outro, o que permitirá a observação e análise dessas “novas” práticas culturais que vão se constituindo a partir do contato com o (de) marcador Igreja e estão inseridas dentro dos Oro Waran de Rondônia.
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