FESTA DOS MORTOS, RELAÇÕES DE SOCIABILIDADES E O CONSUMO DE MANICUERA
DOI:
https://doi.org/10.29327/216345.6.1-8Keywords:
Festa dos Mortos. Beberagens. Sociabilidade. Educação. Saberes.Abstract
A partir de um diálogo teórico que encontra inspiração em Ariès, Da Matta e Brandão e com uma abordagem situada na confluência da antropologia com a educação, este artigo é decorrente de uma pesquisa de campo realizada no cemitério de Salinópolis (PA) e seus arredores, a partir da qual se busca analisar o preparo de uma beberagem (manicuera) exclusiva para o dia de finados. Com base em observações e entrevistas, o objetivo é analisar a rede de saberes que envolve a feitura da manicuera, bem como as relações de sociabilidade que caracterizam o dia da iluminação forjando, com isso, uma espécie de pedagogia do cotidiano.
References
ALBUQUERQUE, M. B. B. Beberagens indígenas e educação não escolar no Brasil Colonial. Belém: FCPTN, 2012.
ARIÈS, P. História da morte no ocidente. Rio de Janeiro: EDIOURO, 2003.
BRANDÃO, C. R. A educação como cultura. Campinas: Mercado de Letras, 2002.
CARDOSO, B. Salinópolis a cidade mais querida do Pará. Salinópolis: [s.n.], 2001.
DANIEL, J. Tesouro descoberto no máximo rio Amazonas. v.1., Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.
DAMATTA, R. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5. Ed., Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1997.
FERREIRA, D. Salinópolis da Memória. Belém: [s.n.], 2010.
GIARD, L. Artes de Nutrir. In: CERTEAU, M; GIARD, L.; MAYIOL, P. A invenção do cotidiano: 2 morar, cozinhar. 9. Ed., Petrópolis: Vozes, 2009, pp. 211-233.
LEONEL, G. G. Festa e sociabilidade: reflexões teóricas e práticas para a pesquisa dos festejos como fenômenos urbanos contemporâneos. Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 11, n. 15, p. 57. 2010.
NEGRÃO, M. V. N. Iluminando os mortos: um estudo sobre o ritual de homenagem aos mortos no Dia de Finados em Salinópolis-Pará. Belém (PA): UFPA, 2014 [Dissertação Mestrado em Antropologia].
PALHETA, A. Sal, Salinas, Salinópolis. Belém (PA): Imprensa Oficial do Estado, 2003.
REIS, J. J. A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das letras, 1991.
SANCHIS, P. Arraial: festa de um povo – as romarias portuguesas. Lisboa: Publicações Dom Quixote. 1983.
SOUZA, D. L. Turismo e urbanização turística no litoral paraense: o caso de Salinópolis-PA. Belém, 2011. Disponível em:. Acesso em 15/11/2017.
SILVA, A. L.; MIGUEZ, P. Cultura, Festa e Cidade: tecendo relações. Revista Observatório da Diversidade Cultural, Belo Horizinte, v. 1, n. 1, p. 9. 2014. Disponível em: <http://observatoriodadiversidade.org.br/revista/revista-odc-volume-n-01/>. Acesso em 15/11/2017.
THEVET, A. As singularidades da França Antártica. Tradução de Eugênio Amado. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1978.