ESTUDO FITOQUÍMICO DE FRAÇÕES DA ESPÉCIE Geissospermum Vellosii (Apocynaceae)

Resumo

Introdução: O Brasil possui uma extensa biodiversidade de espécies vegetais, entre elas algumas são bastante utilizadas na medicina tradicional, como a Geissospermum vellosii mais conhecida popularmente como pau pereira, que faz parte da família Apocynaceae constituída por 155 gêneros e 2000 espécies, com distribuição em regiões tropicais e subtropicais, facilmente encontradas no Brasil. Essa família tem suas atividades biológicas relacionadas aos alcalóides e é utilizada na medicina popular para tratar doenças bacterianas, fúngicas, inflamatórias entre outras, no entanto ainda são necessários mais estudos que comprovem a sua atividade farmacológica. Objetivos: Realizar prospecção fitoquímica de frações da espécie Geissospermum Vellosii. Métodos: Para obtenção do extrato as cascas do material vegetal foram secas e moídas e, em seguida, submetidas à maceração com álcool etílico 96° GL (1:10), em temperatura ambiente, durante sete dias (ao abrigo da luz), após esse processo a solução foi filtrada e concentrada em rota evaporador obtendo-se o extrato etanólico. Além disso, foi realizado uma segunda extração para alcalóides, onde 200 g do pó das cascas foram tratados com 300 mL de solução aquosa de HCl, esse procedimento foi repetido por 4 vezes e, em um funil de separação extraído com diclorometano. Já em relação ao método abordado para realização da fitoquímica foi a Cromatografia em Camada Delgada (CCD) uma técnica físico-química, onde são usadas duas fases, uma móvel e outra estacionária com o objetivo de separar os componentes químicos presentes na amostra. Resultados/Discussão: No estudo fitoquímico foram utilizadas para pesquisa de alcalóides as frações diclorometano, Fr1 e a Fr4. Como esperado os alcalóides em sua maioria ficaram retidos na solução aquosa ácida (HCL), o que foi constatado pela realização da CCD. Ao realizar vários testes com diferentes fases móveis, a combinação de Acetato de etila, Metanol e Água (80:12:8) mais 4 gotas de ácido fórmico, foi observada a presença de bandas sugestivas de alcalóides na revelação em ultravioleta e com dragendorff, principalmente na Fr4. Sendo necessário realizar uma preparativa para tentar isolar o composto. Conclusão: Neste estudo foi observado, principalmente na Fr4 a presença de bandas sugestivas de alcalóides, o que corrobora com a literatura em estudos realizados em outras espécies da mesma família.