ESTUDO FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA MANSOA STANDLEYI (BIGNONIACEAE) FRENTE AS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E PROTEUS MIRABILIS

Autores

  • Paulo Ricardo de Souza Melo Universidade Federal do Pará
  • Ana Carolina Sousa Quaresma
  • Dayse Lúcia do Nascimento Brandão Universidade Federal do Pará
  • Maria Fâni Dolabela

Resumo

A região amazônica possui uma biodiversidade de plantas que são utilizadas para fins medicinais, dentre as espécies utilizadas destaca-se a Mansoa standleyi, que é conhecida popularmente como cipó-de-alho e possui várias aplicações na medicina tradicional no tratamento de gripe, febre, dor e inflamação. Contudo, ainda são escassos estudos com a espécie relacionado a sua composição química e atividade biológica. O objetivo deste trabalho foi realizar prospecção fitoquímica e avaliar a atividade antimicrobiana do extrato e frações de Mansoa standleyi. O material vegetal foi submetido à maceração exaustiva com etanol, e obteve-se o extrato etanólico (EE). Este foi refracionado pelo método de extração sob refluxo com solventes de polaridade crescente (hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol). Obteve-se as frações hexânica (FrHex), diclorometano (FrDic), acetato de etila (FrAcet) e metanólica (FrMet). Concentrou-se os extratos e frações, do galho, em evaporador rotativo, e foram analisados em cromatografia em camada delgada (CCD). As classes de metabólitos estudadas foram: Geninas flavônicas, heterosídios flavônicos, saponinas, taninos, triterpenos e esteróides. Para atividade antimicrobiana testou-se somente as amostras que solubilizaram em dimetilsulfóxido (o extrato (EE) e a fração (FrDic)), frente às cepas de Staphylococcus aureus e Proteus mirabilis. O teste foi realizado através do método de difusão em ágar, solubilizou-se as amostras em dimetilsulfóxido (DMSO), e foram impregnadas em disco de papel na concentração de 500 μg/disco. Utilizou-se discos com DMSO como controle negativo e ampicilina como controle positivo. Na leitura dos resultados considerou-se positivo amostras que apresentaram halo de inibição e negativo para a ausência do halo nos discos. Nos resultados, observou-se a presença dos metabólitos secundários saponinas, triterpenos e esteróides, no extrato etanólico e nas frações (FrHex), (FrDic) e (FrAcet). Em relação a atividade antimicrobiana, o extrato (EE) e a fração (FrDic), não apresentaram halo de inibição, diferente do controle positivo que apresentou halo inibitório positivo, sugere-se que as amostras nas concentrações testadas não apresentam atividade inibitória contra as cepas utilizadas no estudo. Contudo, é possível que o extrato e demais frações da planta possa apresentar resultados positivos em outras concentrações, cepas ou em outras atividades biológica, o que evidencia a necessidade de maiores estudos com espécie.

Arquivos adicionais

Publicado

2021-08-25

Como Citar

Melo, P. R. de S. ., Quaresma, A. C. S. ., Brandão, D. L. do N. ., & Dolabela, M. F. (2021). ESTUDO FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA MANSOA STANDLEYI (BIGNONIACEAE) FRENTE AS CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E PROTEUS MIRABILIS. Arigó - Revista Do Grupo PET E Acadêmicos De Geografia Da Ufac, 3(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/arigoufac/article/view/5503