This is an outdated version published on 2021-09-04. Read the most recent version.

THE COLONIZED CITY AND THE IMPACTS OF THE NEW CORONAVIRUS PANDEMIC ON THE BLACK AND INDIGENOUS POPULATION

Authors

  • Andrisson Ferreira Silva Universidade Federal do Acre
  • Sulamita Rosa da Silva Rede MulherAções - Rede de Formações para Negras, Afroindígenas e indígenas do Acre
  • Cláudia Marques de Oliveira Rede MulherAções - Rede de Formações para Negras, Afroindígenas e indígenas do Acre

Keywords:

Racismo, Novo Coronavírus, População Negra e Indígena

Abstract

This work aims to analyze the impacts of the pandemic of the new coronavirus that exposed society in its old practices of exclusion, having as main target the life of the black and indigenous population. As a theoretical-methodological procedure, a reflection survey will be made based on the work of Fanon, which can enter how a state machine works against the condemned of the land, Foucault dealing with biopolitics and Mbembe about the necropolitics. The results allow an understanding of how the state system is colonizing and patriarchal, condemning the inferiorized population - as minor policies affected by the regulation of life and death, access and non-access. From this pandemic context it is possible to perceive that the biopolitics, necropolitics, social darwinism and eugenics gained even more strength by the spread of SARS-CoV-2 in colonized cities.

 

Author Biographies

Sulamita Rosa da Silva, Rede MulherAções - Rede de Formações para Negras, Afroindígenas e indígenas do Acre

Graduada em Pedagogia (2013-2017) e Mestra em Educação pela Universidade Federal do Acre (2017-2019). Atuou como professora substituta na área de Ensino e Aprendizagem na Ufac (2018-2020), lecionando disciplinas relacionadas a Investigação e Prática Pedagógica nas escolas; Didática e Estágio Supervisionado. Pesquisa temáticas relacionadas a: educação para as relações étnico-raciais e de gênero; interseccionalidade, epistemologias feministas negras, currículo e didática voltados para a inclusão e equidade no processo educativo. Apoiada como Liderança pelo Edital de Aceleração de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco pelo Baobá: fundo para equidade racial (2020-atual), executando o projeto Rede MulherAções - Rede de Formações para Negras, Afroindígenas e indígenas do Acre, configurando-se também como extensão pelo Neabi/Ufac. Atua no projeto de pesquisa internacional: So who is building sustainable development? Transforming exploitative labour along southern corridors of migration, sendo financiado pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido (ESRC) e coordenado pela Universidade de Strathclyde (ES/S001417/1), com o objetivo da criação de um protocolo regional em defesa de direitos dos imigrantes indígenas venezuelanos do povo Warao (agosto 2020-março 2021). Pesquisadora associada a ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as.

Cláudia Marques de Oliveira, Rede MulherAções - Rede de Formações para Negras, Afroindígenas e indígenas do Acre

láudia Marques de Oliveira é quilombola do povo gurutubano do norte de Minas, nasceu em Janaúba no estado de Minas Gerais. Possui graduação em Normal Superior/Pedagogia - Faculdades Pedro Leopoldo. Bolsista Internacional da Fundação Ford com mestrado pelo Programa de Pós-Graduação: Conhecimento e Inclusão Social em Educação - Linha: Educação, Cultura, Movimentos Sociais e Ações Coletivas pela Fae/UFMG com o tema: Cultura Afro-brasileira e Educação: significados de ser criança negra e congadeira no município de Pedro Leopoldo/MG. Professora substituta na Universidade Federal do Acre - Ufac 2018 a 2020 e Rede Municipal de Educação da Prefeitura de Pedro Leopoldo/MG. Formadora do Pacto para Alfabetização na Idade Certa 2014/2016 pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP e do Programa A Cor da Cultura realizado pelo MEC/Canal Futura/Seppir 2010/2012. Membro do Programa Ações Afirmativas na UFMG, do Observatório da Discriminação Racial, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Acre - Neabi/Ufac e do Grupo de Pesquisa "O processo de construção do docente em história: possibilidades e desafios da formação inicial e da formação continuada do fazer-se historiador em sala de aula. Professora associada e integrante do Comitê Científico da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN). Membro da Comissão Editorial da Revista em Favor de Igualdade Racial e da Rede MulherAções - Rede de Formações para Mulheres Negras, Afroindígenas e Indígenas do estado do Acre - prêmio Lideranças Públicas Negras 2021. Atua no projeto de pesquisa internacional: So who is building sustainable development? Transforming exploitative labour along southern corridors of migration, sendo financiado pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido (ESRC) e coordenado pela Universidade de Strathclyde (ES/S001417/1), com o objetivo da criação de um protocolo regional em defesa de direitos dos imigrantes indígenas venezuelanos do povo Warao (agosto 2020-março 2021).

References

[1] FANON, Frantz. Os condenados da Terra. Rio de Janeiro: Editora civilização brasileira S. A., 1968.

[2] MBEMBE, Achille. Necropolítica, bipoder, estado de exceção, política da morte. Traduzido por Renata Santini. – São Paulo: n-1 edições, 2018.

[3] FOCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. Trad. Eduardo Brandão. SP: Martins Fontes, 2008.

[4] MUNANGA, Kabengele. Por que ensinar a história da África e do negro no Brasil de hoje? Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 62, p. 20-31, dez. 2015. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0020-38742015000300020&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em 13 nov. 2019.

[5] HOBSBAWM. A Era do Capital, 1848-1875. 28ª ed. Rio de Janeiro /São Paulo: Paz e Terra, 2018.

[6] UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em: < http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2019.

[7] OLIVEIRA, João Pacheco de. O nascimento do Brasil e outros ensaios: “pacificação”, regime tutelar e formação de alteridades. – Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016.

[8] FOCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: Hubert L. Dreyfus e Paul Rabinow. Uma Trajetória Filosófica. Para além do estruturalismo e da hermanêutica. 2ª edição, 2009.

[9] LOWY, Michael. Conservadorismo e extrema-direita na Europa e no Brasil. Tradução de Deni Alfaro Rubbo e Marcelo Netto Rodrigues. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 124, p. 652-664, out./dez. 2015.

[10] SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

[11] MENEZES, Manuel. O ‘Darwinismo Social’ Perante a Questão da Assistência. Revista Interacções, número 15. pp. 25-40. 2008.

[12] DIWAN, Píetra. Raça pura: uma história da eugenia no Brasil e no mundo. 2. cd. 3a reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2015.

[13] BORDIEU, PierrePIERRE, Bordieu. Contrafogos: táticas para enfrentar a invasão neoliberal. Tradução Lucy Magalhães. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

[14] DAVIS, Mike, et al: Coronavírus e a luta de classes. Terra sem Amos: Brasil, 2020.

[15] SANTOS, Boaventura de Sousa. A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. 2020.

[16] IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea; ONU Mulheres; Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM; Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR. 4ª ed. Brasília: 2011.

[17] AUGUSTO, Cristiane Brandão; SANTOS, Rogério Dultra do. Pandemias e Pandemônios no Brasil. Ilustrações: Rodolfo Carvalho. – 1. ed. - São Paulo: Tirant lo Blanch, 2020.

[18] IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2019. Disponível em:< https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101678> . Acesso>. Acesso em: 03 jul. de 2020.

[19] BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. – 3. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2017.

[20] UNA-SUS. Saúde da População Negra - Unidade 3: Enfrentamento do racismo institucional. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - Brasília: 2020. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45294. Acesso em: 20/04/2020.

[21] APUBLICA. Em duas semanas, número de negros mortos por coronavírus é cinco vezes maior no Brasil. Disponível em:<https://apublica.org/2020/05/em-duas-semanas-numero-de-negros-mortos-por-coronavirus-e-cinco-vezes-maior-no-brasil/>. Acesso em: 16 de jul. 2020.

[22] KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. Companhia das Letras, 2020.

[23] JÚNIOR, Otávio. O livreiro do Alemão. - São Paulo: Panda Books, 2011.

[24] O GLOBO. Covid-19 é mais letal em regiões de periferia no Brasil. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/covid-19-mais-letal-em-regioes-de-periferia-no-brasil-1-24407520. Acesso em: 09 jan. de 2020.
[25] UOL. Coronavírus. Favelas do Rio têm mais mortes por covid-19 do que 14 estados e o DF. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/05/21/mortes-coronavirus-favelas-rio.htm?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996>. Acesso em: 15 jul. de 2020.6

[26] SILVEIRA, Renato da. Os selvagens e a massa papel do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, núm. 23, pp. 87-144. Universidade Federal da Bahia. Bahía, Brasil, 1999.

[27] STEPAN, NL. Eugenia no Brasil, 1917-1940. In: HOCHMAN, G., and ARMUS, D., orgs. Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2004. História e Saúde collection, pp. 330-391. ISBN 978-85-7541-311- 1. Available from SciELO Books.

[28] UOL. "Sou Messias, mas não faço milagres", diz Bolsonaro sobre recorde de mortes. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/28/sou-messias-mas-nao-faco-milagres-diz-bolsonaro-sobre-recorde-de-mortes.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 14 de jul. de 2020.

[29] CONJUR. STRECK, L. L; CATTONI, M; LIMA, M, B; SERRANO, P. E. Eugenia à brasileira: inconstitucionalidade de normas hierárquicas de saúde. Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2020-jun-01/opiniao-covid-19-eugenia-brasileira >. Acesso em: 02 jul. de 2020.

Published

2021-09-04

Versions

How to Cite

Silva, A. F., Rosa da Silva, S., & Marques de Oliveira, C. (2021). THE COLONIZED CITY AND THE IMPACTS OF THE NEW CORONAVIRUS PANDEMIC ON THE BLACK AND INDIGENOUS POPULATION. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 8(2), 576–593. Retrieved from https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/4732

Issue

Section

Ciências Humanas