AVALIAÇÃO ECOTOXICOLÓGICA DA ÁGUA DO IGARAPÉ 2 DE ABRIL UTILIZANDO O LAMBARI (Astyanax sp) COMO ORGANISMO BIOINDICADOR
Abstract
A água é um recurso indispensável para a sobrevivência de todos os seres vivos, mas devido à grande atividade antrópica, os corpos hídricos têm sofrido com a poluição que cresce cada vez mais de forma assustadora, pois ao mesmo tempo em que os rios são pontos de capitação de água para abastecimento da cidade, são utilizados também como receptores para os dejetos de esgotos urbanos, lixos, e efluentes industriais. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar as condições ambientais, a qualidade físico-química da água e a presença de alterações nucleares (presença de micronúcleo) em eritrócitos periféricos da espécie de peixe Astyanax sp, que ocorrem no igarapé 2 de abril que percorre parte do perímetro urbano do município de Ji-Paraná, estado de Rondônia. Foram realizadas coletas de amostras de água e animais em quatro pontos diferentes no percurso do igarapé que compreende desde a nascente até sua foz. Os resultados demonstraram que os parâmetros físico-químicos estão de acordo com a resolução do CONAMA para águas de classe 3, com exceção do Manganês que se manteve com valor alterado em todos os pontos. Em relação à análise da frequência de micronúcleos em eritrócitos periféricos da espécie de peixe Astyanax sp, apenas os animais coletados no ponto 2 apresentou alterações significativas quando comparado com os demais pontos de coleta, já sendo um resultado esperado pois se tratava de uma região caracterizada por proximidade a uma rodovia de grande fluxo de veículos pesados, moradias residenciais, oficinas e grandes empresas, que fazem deste ponto o receptor de despejo de efluentes desses locais.
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