Avaliação Externa: o processo avaliativo em larga escala numa escola pública de Rio Branco/AC
Palavras-chave:
Avaliação em larga externa. Prova Brasil. Orientações externas.Resumo
A pesquisa delineou-se com abordagem qualitativa, através de análise de documentos produzidos na unidade escolar e nas esferas federal e estadual, além de documentos de orientação curricular do estado do Acre, assim como os referenciais da matriz que orienta a Prova Brasil e a aplicação de um questionário para a coordenação pedagógica, diretora e professora das turmas do 5º ano. Como questões de estudo, optamos por verificar, quais são as marcas/impactos a avaliação em larga escala está produzindo na escola e em suas funções formativas e como a gestão da escola, a coordenação pedagógica e a professora das turmas 5º ano estão reagindo a esses processos avaliativos externos. O local onde foram coletadas informações para o suporte desse trabalho de pesquisa, apresentou fortes indícios de valorização do alcance de uma média expressiva, pois, os resultados alcançados em 2013 e 2015, colocaram a escola à frente no ranking estabelecido entre as escolas do município de Rio Branco, no Acre. .Entendemos que a prática escolar referendada pelas orientações externas vinculadas à Prova Brasil, engessam prováveis práticas curriculares que, talvez, possibilitariam outras formas de aprendizagem e uso da leitura, da escrita e do cálculo matemático, além de poderem privilegiar outras áreas do conhecimento científico e saberes populares da região na qual a escola está inserida, tendo em vista que os estudantes realizam experiências e situações diversificadas de aprendizagem junto às suas famílias e comunidades.
Referências
[2] LÜDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1996.
[3] QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y modernidad. In BONILLO, Heraclio (comp.) Los Conquistados. Bogotá: Tecer Mundo Ediciones; FLACSO, 2005. pp. 437-449.
[4] DUSSEL, Henrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais- perspectivas latino-americano. Buenos Aires: CLACSO, 2005. http://biblioecavirtual.clacso.org.ar acessado em 20/11/2019. pp. 24-32.
[5] MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: retórica de la modernidade, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina: Ediciones del signo. 2005.
[6] BRASIL. Lei nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996.
[7] BRASIL.. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília : MEC/SEF, 1997.
[8] BRASIL. Portaria Ministerial de nº 931/2005. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
[9] BRASIL. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa as Diretrizes CurricularesNacionaisparaoEnsino Fundamental de 9 (nove) anos.
[10] ACRE. Secretaria de Estado de Educação do Acre. Cadernos de orientação curricular: orientações curriculares para o ensino fundamental. Rio Branco, AC.: SEE, 2009.
[11] BRASIL. Portaria nº 867 de 4 de julho de 2012. Institui o Pacto pela Educação na Idade Certa e as ações do Pacto e define suas diretrizes gerais. Disponível em: www.pacto.gov.br. Acesso em 15/11/2019.
[12] QUIJANO, Aníbal. “Colonialidad del Poder y Clasificacion Social”. Journal of Worldsystems Research, vi. 2, summer/fall. 2010.
[13] GENTILI, Pablo A.A. A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
[14] DOLL, Jr. William. Currículo: uma perspectiva pós-moderna. Porto alegre: Artes Médicas, 1997.
[15] BRASIL. Plano Nacional de Educação (2001-2010). Senado Federal. Brasília, DF: UNESCO, 2008.
[16] BRASIL. Plano Nacional de Educação 2014-2024: Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Câmara dos Deputados. Brasília, DF: Edições Câmara, 2014.
[17] LANDER. Edgardo. (org.). A Colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005.
[18] BONAMINO, A. M. C. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb): referências, agentes e arranjos institucionais e instrumentais. 2000. 120 f. Tese (doutorado em Educação) PUC/Rio, Rio de Janeiro.
[19] SANTOS, Boaventura. (org.) Epistemologias do Sul. Coimbra, Portugal: Edições Almedina, 2010.