UM JOGO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE QUÍMICA: UMA PROPOSTA ALTERNATIVA PARA O CONTEÚDO DE EQUÍLIBRIO QUÍMICO
Resumo
A disciplina de Química quase sempre é vista como uma Ciência que pouco desperta interesse no aluno e, em muitos momentos, gera aversão nos mesmos, principalmente quando o assunto envolve cálculos matemáticos, fórmulas ou outras representações deste tipo. Na sua maioria, essa aversão é decorrente de fatores como, por exemplo, a pouca ou nenhuma contextualização dos conteúdos e seus conceitos de maneira a estabelecer uma relação com o cotidiano, a pouca utilização de aulas experimentais, dentre outros fatores. Situações como essas são recorrentes quando o assunto da aula é Equilíbrio Químico, componente da subárea de Físico-Química, que estuda as reações reversíveis, assim como as condições para que estas ocorram. No intuito de propor uma possibilidade que contribua para a realização das aulas de Equilíbrio Químico, a presente pesquisa tem como objetivo reproduzir e aplicar o Jogo Didático proposto pelos autores Márlon Herbert Flora Barbosa Soares, Fabiano Okumura e Éder Tadeu Gomes Cavalheiro, publicado na Revista Química Nova na Escola, em novembro de 2003. Com uma metodologia de pesquisa qualitativa baseada no estudo de caso do objeto, tendo como colaboradores estudantes da Terceira Série do Ensino Médio da Escola Fundação Bradesco, na cidade de Rio Branco/AC. O material reproduzido foi aplicado em um minicurso, com a participação de cerca de 19 estudantes, tendo duração de aproximadamente 1 hora e 15 minutos. O jogo foi montado conforme as orientações dos autores disponibilizadas no artigo intitulado “Uma proposta de jogo didático para o ensino de Equilíbrio Químico”. Os resultados indicam que o Jogo didático utilizado contribuiu para uma melhor compreensão dos conceitos que envolvem o conteúdo de Equilíbrio Químico, mas há limitações na sua utilização. Por ser um modelo apenas explicativo, ele apresenta diferenças no sistema Químico real, ficando a cargo do professor, no preparo de sua aula, verificar e propor outros recursos didáticos que possam minimizar as limitações do jogo. De maneira geral, compreende-se que apenas o jogo não é suficiente para a aprendizagem, e materiais deste cunho não podem substituir as aulas teóricas, contudo, sempre que recursos desse tipo estão alinhados com o referencial teórico abordado, os resultados podem ser positivos, possibilitando aos estudantes uma construção efetiva do conhecimento.