Construindo um terrário e reconstruindo modelos mentais em discussões na epistemologia ecológica

Autores

  • Anderson dos Santos Portugal Museu Nacional - UFRJ
  • Joyce Jesus Santana Secretária Estadual de Educação do Rio de Janeiro
  • Maria Cristina de Oliveira Doglio Behrsin

Resumo

Terrários são arranjos que consistem na conservação de plantas em recipientes fechados, em que sua construção e observação remetem a um trabalho experimental onde se procede a manipulação de variáveis ecológicas. O objetivo deste trabalho tecer as relações sincréticas que levem os alunos a elucidação de diversos fenômenos biológicos, através da construção e observação de terrários, bem como entender e discutir os modelos mentais dentro da epistemologia ecológica. Este trabalho foi realizado uma turma de 20 alunos do segundo ano do segundo segmento do ensino fundamental, e foi dividido em quatro etapas, aplicação de um questionário pré-atividade, construção do terrário pelos alunos, observação do terrário pelos alunos semanalmente em um período de seis semanas e discussão dos resultados observados. Os alunos apresentaram dificuldades de perceber o terrário como um ecossistema bem como suas interações bióticas e abióticas, principalmente devido a sua compartimentalização dos conceitos ecológicos. O terrário se mostrou não somente como uma alegoria didática na medida em que foi um ponto de transposição didática trazendo empolgação e curiosidade dos alunos, que no contato com este objeto de estudo, foram confrontados a re-construção de modelos mentais.

Referências

Carvalho M.C.N; Carvalho R.I.N. Terrários: Ciências e arte. Curitiba. Ed. da UFPR. 2002. 67 p.

Amaral V.M. Interações discursivas em aula de ciências: O terrário como ponto de partida. [Monografia] Pós-graduação latu sensu em Ensino de Ciências da Universidade Federal Fluminense. 2008.

Newman O. 1960. United State Patent Office – Plant Terrarium – 2,950,567 – Patented 30, Aug 1960.

Rosa R.T.N. Terrários no ensino de ecossistemas terrestre e teoria ecológica. Rev. Bras. de Ensino de Ciência e Tecnologia. Vol. 2, No 1. 2009.

Bizzo N. Ciência: fácil ou difícil. Ed. Ática, São Paulo, SP.1998. P.144.

Jaques L; Abreu J; Barros M; Sacramento A; Chagas I; Fragoso JV. A vida em um terrário: Proposta para criação de um laboratório on line. 2001. In: Anais da II Conferência Internacional Challenges ‘2001/ desafios2001.

Moreira M.A; Masini E.F.S. Aprendizagem Significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2001.

Azevedo J; Bidone E.D; Fernandes M.C; Caride C.J.F. Índices de qualidade de vida dos distritos do município de São Gonçalo (1991 e 2000) e da Bacia Ambiental do Rio Imboaçu (1980 a 2000). 2012. In: Santos, M.G (org.) Estudos Ambientais em regiões metropolitanas: São Gonçalo. Ed UERJ, Rio de Janeiro.

IBGE. Censo Demográfico 2010 - Características Gerais da População. Resultados da Amostra. 2010. Disponível em http://censo2010.ibge.gov.br/resultados. [Acesso em 02 de maio de 2015].

Assumpção R.P.S. Educação física na escola: algumas lições no cotidiano a partir das falas dos sujeitos praticantes. [Dissertação] Programa de Pós Graduação em Educação UERJ/FFP. 2012.162 p.

Brando F.R; Andrade M.B.S; Meglhioratti F.A; Caldeira A.M.A. 2011. A articulação entre os conhecimentos de Ecologia: noções de professores em formação. In: VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências e I Congreso Iberoamericano de Investigación en Enseñanza de las Ciências, 2011. v. 1. p. 1-12.

Capra, F. 2006. Como a natureza sustenta a Teia da Vida, In: Alfabetização Ecológica. A educação das crianças para um mundo sustentável. Barlow Z, Stone M K (Orgs.). São Paulo: Cultrix, 2006.

Miquelin A.F; Bastos F.P. 2003. Quem pode falar de física em aula. In anais do IV Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências.

Ribeiro J.A; Cassavan O. Um olhar espistemológico sobre o vocábulo ambiente: algumas contribuições para pensarmos a ecologia e a educação ambiental. Filosofia e História da Biologia, v.7, n.2. 2012. p 241-261.

Yamazaki S.C; Yamazaki R.M.O. 2006. Sobre o uso de metodologias alternativas para o ensino-aprendizagem de ciências. Educação e diversidade na sociedade contemporânea. Ed. Coelho M.S.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF. 1997. 136p.

Botelho L.A; Morais J.L. O terrário como instrumento organizador da aprendizagem da ciências em 8° série (9° ano). 2008. In : Caderno Pedagógico de Ciências. Curitiba - Paraná

Kawasaki C.S; Bizzo N.M.V. Fotossíntese um tema para ensino de ciências? Química nova na escola. N° 12. Pp. 25-29. Novembro 2000.

Parrat-Dayan S. A discussão como ferramenta para o processo de socialização e para a construção do pensamento. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 45. p. 13-23. jun. 2007

Souza S.C; Almeida M.J.P.M. A Fotossíntese no Ensino Fundamental: Compreendendo as Interpretações dos Alunos. Ciência & Educação, v.8, nº1.2002. p.97 – 111.

Kawasaki, C.S; Bizzo, N.M.V. Idéias de nutrição vegetal: o velho dilema entre o papel nutricional das raízes e da fotossíntese. Projeto – Revista de Educação, ano1, n. 1, p. 2-9, 1999.

Downloads

Publicado

2017-07-17

Como Citar

Portugal, A. dos S., Santana, J. J., & Behrsin, M. C. de O. D. (2017). Construindo um terrário e reconstruindo modelos mentais em discussões na epistemologia ecológica. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 4(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/SAJEBTT/article/view/1081

Edição

Seção

Artigos Originais Ciências Biológicas

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)