GENOCÍDIO EPISTÊMICO E NOVAS POSSIBILIDADES
POR UMA PEDAGOGIA DECOLONIAL
Resumo
O presente artigo objetiva fazer, por meio de revisão bibliográfica, uma análise e fomento da pedagogia decolonial, enfatizando o genocídio epistêmico no processo da conformação social a qual o Brasil está inserido. Nesse sentido, basear-se-á na urgência de uma adoção decolonial na prática pedagógica, de desestruturação de uma estrutura construída com base eurocêntrica. Isso posto, observa-se que essa necessidade é premente porque, enquanto país ao qual passou pela colonização, esse sistema colonizador não se dissipa rapidamente, muito pelo contrário, seu poder ideológico permanece estruturando a vida social, política, econômica, cultural, relações étnico-raciais e educação. Assim sendo, percebe a necessidade de objetivar mudanças em um arranjo que exclui sujeitos e comete um genocídio epistemológico, ao excluir também saberes, criando instrumentos para não abordar temáticas essenciais em sua conjuntura, como o racismo, o sexismo e as outras formas de opressão, temáticas que são caras para a execução de mudanças sociais. Portanto, a pedagogia decolonial é importante para os que se preocupam com inclusão, valorização e respeito cultural. No mais, a educação, enquanto campo de disputa, sobretudo em seus parâmetros currículos, precisa inserir e problematizar visões e saberes tidos como “prontos” e sem merecimento crítico. Nesse contexto, por meio de revisão bibliográfica, procura-se propostas de mudanças efetivas, partindo da pedagogia crítica de Paulo Freire e, desse modo, por autores inspirados por seu pensamento e que avaliaram formas de transformar o cenário educacional, com pluralismo e inclusão, tais como Bell Hooks, Peter McLaren, e outros autores contra-hegemônicos. Cabe, pois, trabalhar para que a desobediência epistêmica possa fazer parte das práticas sociais, como falam e fazem autores latino-americanos, como o sociológico Aníbal Quijano ou o professor Walter Mignolo, já que é um rompimento com estruturas baseadas no racismo e no patriarcalismo, mesmo sendo despercebido, às vezes.
PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia. Decolonialismo. Epistemologia.
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