PRODUÇÕES LEXICAIS E RELAÇÕES DE SENTIDO EM RELATOS DE VIAGEM DOS CONQUISTADORES CRONISTAS NA OBRA SERTÕES DE BÁRBAROS

Autores

  • Sandra Mara Souza de Oliveira Silva Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, Universidade Federal do Acre
  • Alexandre Melo de Sousa Universidade Federal do Acre Centro de Educação, Letras e Artes

Resumo

Neste artigo, objetivamos discutir os aspectos léxico-semânticos presentes no vocabulário dos conquistadores cronistas constantes nos relatos de viagem da obra Sertões de Bárbaros de Auxiliomar Silva Ugarte. Tal discussão traz à tona como o homem, enquanto usuário da língua, articula a linguagem, nomeando os objetos, entidades e processos que existem e acontecem no mundo.  Para tanto, situamos a discussão no campo da Lexicologia, ancorando-nos nos estudos de lexicólogos tais como: Biderman (1987, 2001); Isquerdo (2001); Basílio (2005); Calçada (2004); Lima (2007); da especialista em literatura amazônica S. Lima (2011), da especialista em literatura comparada Pratt (2014); do historiador Ugarte (2009). Assim, frisamos como o conquistador cronista dialogou com o meio e com os seus interlocutores europeus através das crônicas e também discutimos como o autor abordou as estratégias discursivas intrínsecas nas referidas crônicas. Discutimos como o homem opera os mecanismos linguísticos tanto nos nível lexical como textual. 

Biografia do Autor

Sandra Mara Souza de Oliveira Silva, Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, Universidade Federal do Acre

Licenciada em Letras Português e suas respectivas Literaturas, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade.

Alexandre Melo de Sousa, Universidade Federal do Acre Centro de Educação, Letras e Artes

Doutor em Linguística, Professor Associado de Linguística e Língua Portuguesa da Universidade Federal do Acre.

Referências

BASÍLIO, Margarida. O princípio da analogia na constituição do léxico: regras são clichês lexicais. In: Revista de Estudos Linguísticos. Vol I. Juiz de Fora, 2009.

BIDERMAN, Maria Teresa Camargo. Teoria Linguística, 2 ed. Martins Fontes, São Paulo, 2001.

______. A estruturação do léxico e a organização do conhecimento. Porto Alegre, PUCRS, 1987. Disponível em:< 20Biderman%20_%20Letras%20de%20Hoje.html>. Acesso dia 29 de dez 2015.

BUENO, Magali Franco. Natureza como representação da Amazônia. Revista Espaço e Cultura. Rio de Janeiro: UERJ, n. 23, jan./jun. de 2008. Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=BUENO%2C+Magali+Franco.+Natureza+como+representa%C3%A7%C3%A3o+da+Amaz%3%B4nia.+Revista+Espa%C3%A7o+e+Cultura.+Rio+de+Janeiro%3A+UERJ%2C+n.+23%2C+jan.%2Fjun.+de+2008.> Acesso dia 17 de abril de 2016.

CALÇADA, Guiomar Fanganiello. Rede de conhecimentos e campos lexicais: processos de reconceptualizações. In: ISQUERDO, Aparecida Negri, GRIEGER, Maria da Graça (Orgs). As ciências do léxico: Lexicologia, Lexicografia e Terminologia. Vol. II. Campo Grande, MS. Ed. UFMS, 2004.

CORREIA, Margarita e ALMEIDA, Gladis Mª de Barcellos. Neologia em português. São Paulo: parábola Editorial, 2012.

ISQUERDO, Aparecido Negri. Vocabulário do seringueiro: campo léxico da seringa. In: OLIVEIRA, Ana Maria Pinto Pires de; ISQUERDO, Aparecida Negri (Orgs). As ciências do léxico: Lexicologia, Lexicografia e Terminologia. 2° Ed. UFMS, 2001.

______. A propósito de dicionários de regionalismos do português do Brasil. In: As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia, terminologia. Volume III. Campo Grande. Ed UFMS; São Paulo: Humanitas, 2007.

LIMA, Wagner Ferreira. A “lexicologia construcionista”: uma proposta alternativa de estudo do léxico na linguagem em uso. In: ISQUERDO, Aparecida Negri, ALVES, Ieda Maria (orgs). As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia, terminologia. Volume III. Campo Grande. Ed UFMS; São Paulo: Humanitas, 2007.

LIMA, Simone Souza de. Amazônia Babel – Literatura, Corpos & Meio Ambiente. 2011. Disponível em < http://www.celpcyro.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&Itemid=87&id=909#_ftn4> . Acesso em:07 de janeiro de 2015.

PRATT, Mary Louise. Fuerza e fraude: la linguística de la guerra y ecologia del discurso. In: ALBURQUERQUE, Gerson Rodrigues, ANTONACCI, Maria Antonieta ( Orgs). Desde as Amazônias colóquios. Volume II. Rio Branco. Ed Nepan, 2014

SILVA, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo, 2005.

UGARTE, Auxiliomar Silva. Sertões de bárbaros: o mundo natural e as sociedades indígenas na Amazônia na visão dos cronistas ibéricos – séculos XVI e XVII. Manaus: Valer, 2009.

Downloads

Publicado

2016-12-19

Como Citar

Silva, S. M. S. de O., & Sousa, A. M. de. (2016). PRODUÇÕES LEXICAIS E RELAÇÕES DE SENTIDO EM RELATOS DE VIAGEM DOS CONQUISTADORES CRONISTAS NA OBRA SERTÕES DE BÁRBAROS. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 5(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/717

Edição

Seção

Artigos