BANDA ANTIDEMON: EXPERIÊNCIA ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO NO COMBATE DO MAL EM “DEMONOCÍDIO”

Autores

  • Giselle Xavier d'Avila Lucena Universidade Federal do Acre
  • Laan Mendes de Barros Universidade Estadual Paulista - UNESP

Palavras-chave:

Experiência estética, Análise de imagens, Heavy metal, Religião, Antidemon

Resumo

Este artigo explora elementos identificados como suportes para construção e manutenção de uma poética visual do death metal e sua ressignificação estética em um contexto cristão. Para isso, analisa-se a capa do álbum “Demonocídio”, da banda de death metal Antidemon, que se assume como cristã. Adotam-se os três passos propostos por Erwin Panofsky: descrição pré-iconográfica; b) análise iconográfica; e c) interpretação iconológica. Com base nas formulações de Aby Warburg, a discussão se desdobra a partir dos conceitos de nachleben, pathosformel e “inversão energética”. Identifica-se, principalmente, uma inversão energética no que se refere à representação do demônio e no logotipo da banda. Este trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla, em andamento, sobre experiência estética e o circuito midiatizado em torno desta banda.

Biografia do Autor

Giselle Xavier d'Avila Lucena, Universidade Federal do Acre

Professora auxiliar da Universidade Federal do Acre. Mestre em Comunicação Social - Interações Midiáticas (PUC Minas). Especialista em Produção e Crítica Cultural (IEC/PUC Minas); Graduada em Comunicação Social/Jornalismo (UFAC).Tem experiências na área de Comunicação, atuando principalmente nos temas: redes sociais na internet, e interações midiatizadas, identidade, memória, política cultural e diversidade cultural.

Laan Mendes de Barros, Universidade Estadual Paulista - UNESP

Professor permanente do PPG em Comunicação da Unesp, doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, com pós-doutorado na Université Grenoble III, França. 

Referências

ALVES, RUBEM. Dogmatismo & Tolerância. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

ANTIDEMONBAND.COM. Antidemon Discography. Disponível em: <https://www.antidemonband.com/demonocidio/>, acesso em dez. de 2020.

AMERICANAS.COM. Baphomet. Disponível em: <https://www.americanas.com.br/produto/1797581454/>, acesso em mai. de 2021.

BAPHOMET. Fantastipédia, mitologia cristã. Disponível em: <https://fantasia.fandom.com/pt/wiki/Baphomet>, acesso em dez. de 2020.

CAMPOY, Leonardo Carbonieri. Trevas sobre a luz – o underground do heavy metal extremo no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010.

CUNHA, Magali. Vinho novo em odres velhos. Um olhar comunicacional sobre a explosão gospel no cenário religioso evangélico no Brasil. Tese de Doutorado em Ciências da Comunicação. São Paulo/SP: USP, 2004.

CUNHA, Magali. Três coisas que é preciso saber para se falar de evangélicos no Brasil. CartaCapital, 2020. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/tres-coisas-que-e-preciso-saber-para-se-falar-dos-evangelicos-no-brasil/>, acesso em jul. de 2021.

G1 POP ART. 'O mundo sombrio de Sabrina': Templo Satânico entra em acordo com Netflix sobre uso de estátua na série. Disponível em: <https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2018/11/22/o-mundo-sombrio-de-sabrina-templo-satanico-entra-em-acordo-com-netflix-sobre-uso-de-estatua-na-serie.ghtml>. Acesso em jan. de 2021.

ICONAPE. Vetor do logotipo da Antidemon. Disponível em: < https://iconape.com/antidemon-logo-logo-icon-svg-png.html>, acesso em mar. de 2021.

JUNGBLUT, Airton Luiz. A salvação pelo Rock: sobre a "cena underground" dos jovens evangélicos no Brasil. In: VII Reunião de Antropologia do MERCOSUL. Religião & Sociedade. vol. 27, no.2, Rio de Janeiro, 2007.

KHALIL, Lucas Martins Gama. A voz “Demoníaca” encenada – Uma análise do discurso do death metal. 1º ed. Jundiaí, SP: Paco, 2018.

MAFFESOLI, Michel. No fundo das aparências. Tradução de Bertha Halpern Gurovitz. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

MARTINO, Luís Mauro Sá. Like a prayer: articulações da cultura pop na midiatização da religião. In: SÁ, S. P. de; CARREIRO, R.; FERRARAZ, R. (orgs). Cultura Pop. Salvador: EDUFBA; Brasília: Compós, 2015.

PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. 3ª edição. São Paulo: Perspectiva, 1991.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. 3ª Ed. São Paulo Martins Fontes, 1997.

PARRET, Herman. A estética da comunicação: além da pragmática. Campinas: Editora Unicamp, 1997.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. 2. ed. São Paulo: EXO organizacional: Ed. 34, 2009.

SERVA, Leão. A “fórmula da emoção” na fotografia de guerra. Como as imagens de conflitos se relacionam com a tradição iconográfica explorada por Aby Warburg. Doutorado em Comunicação e Semiótica. São Paulo, 2017. PUC SP.

THE RIVER SANTA FÉ, 2021. É por isso que é chamado de incrível. Disponível em: <http://theriversantafe.com//thats-why-its-called-amazing/>, acessado em mar. de 2021.

VARGAS, Herom. BRUCK, Mozahir. Memória visual e representação do rock e da jovem guarda nas capas de discos (1959-1970). E-compós, v. 23, jan–dez, 2020, p. 1–26. Disponível em: <https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/2007/1981>.

WARBURG, Aby. Histórias de fantasma para gente grande. Escritos, esboços e conferências. Tradução de Lenin Bicudo Bárbara. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Leopoldo Waizbort, Org.

WIEDERHORN, Jon; TURMAN, Katherine. Barulho infernal: a história definitiva do heavy metal. São Paulo: Conrad, 2015. Trad. Denise Chinem.

Downloads

Publicado

2021-12-01

Como Citar

Lucena, G. X. d’Avila, & Mendes de Barros, L. (2021). BANDA ANTIDEMON: EXPERIÊNCIA ESTÉTICA E REPRESENTAÇÃO NO COMBATE DO MAL EM “DEMONOCÍDIO”. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 10(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/5246

Edição

Seção

Dossiê - Esse tal de Roque Enrow