PEQUENAS BANDAS, GRANDES NEGÓCIOS: UM ESTUDO DE CASO DA BANDA LYRIA E SUAS INCURSÕES NO EMPREENDEDORISMO NA MÚSICA INDEPENDENTE
Palavras-chave:
Música independente, Fintech 3.0, Redes digitaisResumo
A ideologia neoliberal tem se espalhado por diferentes setores da economia, inclusive na indústria de música. Nos últimos anos, o mercado da música tem passado pelo fenômeno da financeirização de sua economia. Isso significa dizer que artistas se tornam empreendedores de si e o fã passa a ser visto como um stakeholder, no limite, um investidor. Na medida em que a produção musical sai das gravadoras e se atomiza, os próprios artistas têm de assumir a responsabilidade por viabilizar suas carreiras e, para tanto, buscam apoio em novas tecnologias financeiras, ou a fintech 3.0. Neste artigo, apresentamos um estudo de caso da banda Lyria, do Rio de Janeiro, com objetivo de descrever o processo de como essa banda passou a financiar sua carreira por meio do crowdfunding, permitindo que os fãs sejam os responsáveis financeiramente por seus lançamentos e até mesmo, sugerir qual músicas serão trabalhadas. Nas considerações finais discute-se como a financeirização da economia da música sobrecarrega o trabalho do artista independente, que além de ser criativo, precisa executar multifunções.
Referências
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