GÊNERO E SEXUALIDADE FEMININA SOB O SIGNO DA MULHER-MÁQUINA EM METROPOLIS E EX MACHINA

Autores

  • Tiago Ramos Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Centro de Estudos Anglísticos

Palavras-chave:

Cinema, Ciborgue, Ciência, Ginoide, Género

Resumo

Tendo por base os filmes Metropolis (1927), de Fritz Lang, e Ex Machina (2015), de Alex Garland, o presente artigo tem como objetivo apurar de que modo é que a figura do cientista soberbo (um arquétipo masculino) emprega instrumentos de natureza científico-tecnológica com o intuito de criar seres, com inteligência artificial, cujo gênero é feminino. A investigação procura examinar a forma como, através da criação de uma mulher-máquina, os cientistas tentam compreender os engenhos da sexualidade feminina tendo em vista dominá-la e torná-la uma mera extensão de si próprios. De igual modo, é tido em conta a maneira como ambas as representações das mulheres-máquina refletem as ansiedades sociais vividas tanto na década de vinte do século passado, como atualmente.

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FILMOGRAFIA

GARLAND, Alex (2015), Ex Machina. A24. Estados Unidos da América.

LANG, Fritz (1927), Metropolis. Universum Film. Alemanha.

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Publicado

2021-12-01

Como Citar

Ramos, T. (2021). GÊNERO E SEXUALIDADE FEMININA SOB O SIGNO DA MULHER-MÁQUINA EM METROPOLIS E EX MACHINA. TROPOS: COMUNICAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA (ISSN: 2358-212X), 10(2). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/tropos/article/view/4955

Edição

Seção

Artigos