SABERES E TERRITORIALIDADES: O CASO DOS JOVENS QUILOMBOLAS DO MATÃO-PB
Palavras-chave:
Quilombo; Territorialidade; Totem; Crianças; MidiatizaçãoResumo
O presente artigo tem por objetivo construir pontes e diálogos conceituais que buscam esclarecer relevante aspecto do complexo fenômeno comunicacional implementado em uma comunidade tradicional no interior da Paraíba. Nosso olhar se fixa na comunidade quilombola do Matão, que vivenciava as afetações introduzidas pelas mídias contemporâneas em seu território, a exemplo das mídias massivas via parabólicas. O impulsionamento e aceleração do tempo/espaço na comunidade quilombola fora acoplada em 2014 com o projeto de inclusão digital do Governo Eletrônico de Serviços ao Cidadão (GESAC). O GESAC (TCU, 2015) é uma iniciativa que provê com internet via satélite localidades isoladas geograficamente. Neste sentido, pretendemos trazer o estudo de caso que descreve a ocorrência deste fenômeno demarcado pela ida destes jovens às redes sociais (DJICK, 2013) e, ao mesmo tempo, a presença energética de uma territorialidade ancestral traduzida pelo “totem território quilombo” (TESSAROTTO, 2021). Este elemento simbólico evocado e apropriado por crianças daquela comunidade permite perceber a existência de uma força contra as fragmentações deste “tempo de turbilhão” da midiatização (FAUSTO NETO, 2014; BRAGA, 2015; ROSA, 2016).
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