BADA BING! THE SOPRANOS AND QUIXOTIC REALISM

Resumo

Considerada muitas vezes a série de televisão responsável pela segunda era dourada da televisão, The Sopranos pode ser lida como uma narrativa quixotesca. Isso é especialmente verdade no que toca à última temporada da série, em especial a sequência final do final da série, intitulada “Made in America”.  A série inteira não é apenas quixotesca pelo reconhecimento do verdadeiro impacto das famílias mafiosas italo-americanas da costa leste (dos Estados Unidos) nem por anteriores retratos cinematográficos do crime organizado, sendo os mais notáveis a trilogia The Godfather e Goodfellas, mas também por meio de seu herói bironyano, Anthony “Tony” Soprano. Além disso, o final da série de The Sopranos convida a participação do público uma vez que deixa a narrativa em aberto –nenhum membro do público sabe exatamente o que aconteceu com seu  herói byroniano predileto e, como tal, terá de gerar as suas próprias conclusões. Pelo facto de explorar interpretações não-ficcionais e cinematográficas da vida e cultura dos mafiosos, incluindo o herói byroniano como protagonista da série, e pelo facto de convidar os espectadores a “participar” na última série, The Sopranos prova ser uma série dramática, moderno-quixotesca sobre crime organizado.