“IDENTIDADE FEMININA”: UMA ANÁLISE DE TRÊS POEMAS DE HELENA PARENTE CUNHA
Resumo
O presente trabalho busca fazer uma análise de três poemas: Meu nome, Palavra impossível e Silêncio do tempo ido, de Helena Parente Cunha (2013), acerca de uma reflexão sobre a ideia de identidade feminina, procurando observar os silenciamentos e marginalidades desse ser. A importância do tema é buscar discutir e refletir sobre a ideia de identidade feminina que está cristalizada na maior parte da sociedade, descrevendo esse ser a partir de uma visão externa a figura feminina, por isso se justifica a escolha da autora Helena Cunha, pois trabalha com o tema mulher e literatura. Para refletir e discutir sobre a “identidade feminina” se elabora uma comparação entre o texto poético e as relações sociais, das quais surgem uma perspectiva do que seja essa figura feminina. Com este intuito se utiliza como aporte: Os corpos que importam (2015) e Problema de gênero: feminismo e subversão da identidade (2013), de Judith Butler, que abordam sobre as questões de Gênero; História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes (2003), de Márcio Seligmann-Silva, que pontua acerca da relação entre história, literatura e memória. Além desses, o livro História das Mulheres no Brasil (2012), organizado por Carla Bassanezi Pinsky e Joana Maria Pedro, em que vários autores escrevem sobre a vida das mulheres no Brasil. Os resultados obtidos durante essa comparação é a problemática da representação ao tentar mostrar algumas características e tentar universalizá-las, pois não poderia existir uma identidade fixa de perfil feminino, já que há uma multiplicidade de identidades.
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